O Ministério
Do
Espírito Santo
O Ministério do Espírito Santo
Este curso é parte do INSTITUTO BÍBLICO TEMPO DE COLHEITA, um programa elaborado para equipar os crentes para uma efetiva colheita espiritual. O tema básico do treinamento é ensinar o que Jesus ensinou, aquilo que ao chamar pescadores, coletores de impostos, e etc., transformou-os em cristãos reprodutivos que alcançaram o mundo com o Evangelho em demonstração de poder.
Este manual é um simples curso dos diversos módulos do currículo que conduz os crentes da visualização através da depuração, multiplicação, organização e mobilização para alcançar o objetivo da evangelização.
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CONTEÚDO
Como Usar Este Manual, 4
Sugestões Para Estudo em Grupo, 4
Introdução, 6
Objetivos, 6
1. Apresentando o Espírito Santo, 8
2. Representando o Espírito Santo, 20
3. O Ministério do Espírito Santo, 27
4. O Batismo do Espírito Santo, 40
5. Introdução Aos Dons do Espírito Santo, 52
6. Os Dons Especiais do Espírito Santo, 66
7. Os Dons de Fala, 88
8. Os Dons de Serviço, 95
9. Os Dons de Sinais, 108
10. Descobrindo Seu Dom Espiritual, 120
11. O Fruto do Espírito Santo, 145
12. As Obras da Carne, 164
13. Desenvolvendo o Fruto Espiritual, 182
Respostas da Seção “Teste o Seu Conhecimento”, 193
COMO USAR ESTE MANUAL
Cada lição consiste de:
Objetivos: Estes são os objetivos que você deve alcançar ao estudar o capítulo. Leia-o antes de começar a lição.
Versículo-Chave: Este versículo enfatiza o conceito principal do capítulo. Tente memorizá-o.
Conteúdo do Capítulo: Estude cada seção. Use sua Bíblia para procurar as referências bíblicas não transcritas no manual.
Teste o Seu Conhecimento: Faça este teste depois de você terminar de estudar o capítulo. Tente responder as questões sem usar sua Bíblia ou este manual.
Para Estudo Adicional: Esta é a seção final de cada capítulo. Ela estimula o estudo independente do aluno.
Exame Final: Se você está registrado neste curso para receber créditos e Diploma, você deverá solicitar um exame final ao término deste curso. Após a conclusão do exame, você deverá retorná-o a nós para receber os créditos que lhe darão ao Diploma e que também servirão para você avançar em seus estudos posteriormente.
PRIMEIRA REUNIÃO:
Abrindo: Abra com oração e apresentações. Conheça e matricule os estudantes.
Estabeleça os Procedimentos do Grupo: Determine quem conduzirá as reuniões, o horário, os lugares e as datas para as sessões.
Louvor e adoração: Convida presença do Espírito Santo em sua sessão de treinamento.
Distribua os Manuais aos Estudantes: Introduza o título do manual, o formato e os objetivos do curso proporcionados nas primeiras páginas do manual.
Faça a Primeira Tarefa: Os estudantes lerão os capítulos determinados e farão o teste para a próxima reunião. O número de capítulos que você ensinará em cada sessão dependerá do tamanho do capítulo, conteúdo e das habilidades de seu grupo.
A SEGUNDA E DEMAIS REUNIÕES:
Abrindo: Ore. Dê as boas-vindas e matricule a qualquer novo aluno e também dê o manual. Veja quem está presente ou ausente. Tenha um tempo de adoração e louvor.
Revisão: Apresente um breve resumo do que você ensinou na última reunião.
Lição: Discuta cada seção do capítulo usando os TÍTULOS EM LETRAS MAIÚSCULAS E EM NEGRITO como um esboço do ensinamento. Peça aos estudantes que façam perguntas ou comentários sobre o que eles têm estudado. Aplique a lição às vidas e ministérios de seus estudantes.
Teste: Reveja com os estudantes o teste que eles completaram. (Nota: Se você não quer que os estudantes tenham acesso às respostas, você pode tirar as páginas com as respostas que se encontram no final de cada manual).
Para Estudo Adicional: Você pode fazer estes projetos numa base individual ou em grupo.
Exame Final: Se o grupo está matriculado neste curso para os créditos e Diploma você recebeu um exame com este curso. Dê uma cópia para cada estudante e administre o exame na conclusão deste curso.
Você necessitará apenas de um exemplar da Bíblia, preferencialmente a Edição Revista e Atualizada, 2ª Edição, mas outras versões também poderão ser usadas, embora isto talvez represente alguma pequena dificuldade para o aluno acompanhar os textos bíblicos deste curso.
Módulo: Delegação
Curso: O Ministério do Espírito Santo
INTRODUÇÃO
Durante uma de suas viagens missionárias, o apóstolo Paulo questionou um grupo de crentes sobre o Espírito Santo. Ele perguntou se eles haviam recebido o Espírito Santo desde que eles creram. A resposta deles foi: “Nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo?” (Atos 19.2). Paulo compartilhou a mensagem do ministério do Espírito Santo com estes cristãos (Atos 19). Hoje é igualmente importante que os crentes entendam o ministério do Espírito Santo. Deus prometeu:
“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos” (Atos 2.17).
O fato de que Deus está desejoso neste momento de derramar Seu Espírito sobre nós torna este estudo muito importante.
Nós devemos entender o ministério do Espírito Santo para ser parte desta revelação especial do poder de Deus. O estudo do Espírito Santo é uma das doutrinas principais da Bíblia. Uma doutrina é todo ensinamento que se relaciona a um assunto em particular. Paulo disse:
“… Aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino” (1 Timóteo 4.13).
Não é através dos poderes naturais do homem que Deus se move em nosso mundo. É através do ministério do Espírito Santo:
“Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zacarias 4.6).
Este curso examina a natureza e personalidade do Espírito Santo. Discuta os títulos dados ao Espírito Santo e os emblemas que o representam. Estes revelam muitas coisas sobre Seu ministério. Os propósitos, dons e o fruto do Espírito Santo são examinados em detalhe. São dadas diretrizes práticas para experimentar o batismo do Espírito Santo, identificando os dons espirituais, e o desenvolvimento do fruto do Espírito Santo.
Ao concluir este curso você será capaz de:
n Descrever a personalidade do Espírito Santo.
n Listar os vários nomes e títulos do Espírito Santo.
n Identificar os emblemas que representam o Espírito Santo.
n Descrever o ministério do Espírito Santo.
n Explicar como receber o batismo do Espírito Santo.
n Receber o batismo do Espírito Santo.
n Listar e definir os dons do Espírito.
n Identificar seu(s) dom(ns) espiritual(is).
n Identificar o fruto do Espírito.
n Identificar as obras da carne.
n Desenvolver o fruto do Espírito Santo em sua vida.
Capítulo Um
APRESENTANDO O ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar o Espírito Santo como parte da Trindade de Deus.
n Listar as características da personalidade do Espírito Santo.
n Explicar a natureza do Espírito Santo.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram”(Mateus 2.16-17).
Este capítulo introduz o Espírito Santo. Explica Sua posição na trindade de Deus, discute Seus traços da personalidade e adverte sobre Sua natureza sensível. O pronome pessoal “Ele” é usado, pois o Espírito Santo é uma das três pessoas da trindade de Deus.
Jesus falou sobre o Espírito Santo como “Ele”. Jesus disse:
n Ele falará de mim: João 15.26.
n Eu os enviarei: João 16.7.
n Ele me glorificará: João 16.14.
n Ele não falará de Si mesmo: João 16.13.
A NATUREZA TRINA DE DEUS
Há muitos adoradores de deuses por todo o mundo, porém só há um verdadeiro Deus. A Bíblia contém a história deste verdadeiro Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus que revela Seu plano especial para toda a humanidade.
Uma das coisas que a Bíblia revela é que esse Deus tem uma natureza trina. Isto significa que Sua personalidade se revela em três formas diferentes. Ele é três pessoas, ainda que um só Deus. O Espírito Santo é parte da natureza trina de Deus que consiste do Pai, O Filho Jesus Cristo, e o Espírito Santo. As três personalidades estão unidas como uma na Divindade.
Cada parte da Trindade - o Pai, o Filho Jesus Cristo, e o Espírito Santo - têm funções especiais em nome da humanidade. Este curso tratar com o ministério e propósito do Espírito Santo.
O Espírito Santo é chamado de Deus:
“Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4).
Visto que Ele se chama Deus, o Espírito Santo é igual a Deus o Pai e a Jesus Cristo, o Filho. Os versículos-chave para este capítulo revelam a natureza trina de Deus claramente. Jesus está sendo batizado, o Espírito Santo desce sobre Ele, e Deus fala:
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.16-17).
Antes de voltar ao céu depois de Seu ministério na terra, Jesus falou do Espírito Santo:
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (João 15.26).
O apóstolo Paulo falou da natureza trina do Espírito Santo:
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” (Romanos 8.2-3).
O apóstolo Paulo falou da trindade de Deus em seus escritos:
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Co 13.13 ou 14).
“Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito” (Efésios 2.18).
O apóstolo Pedro também falou da natureza trina de Deus:
“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.14).
O livro de Atos também atesta a natureza trina de Deus:
“Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis” (Atos 2.33).
O seguinte diagrama ilustra a natureza trina de Deus. Há três personalidades... Deus o Pai, Jesus Cristo o Filho, e o Espírito Santo... Mesmo assim eles são um só Deus:
A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
Como parte da trindade de Deus, o Espírito Santo tem uma natureza especial. Quando nós falamos de Sua natureza nós queremos dizer as qualidades básicas que o descrevem. A Bíblia ensina que o Espírito Santo é:
ONIPRESENTE:
Isto significa que Ele está presente por todo lugar:
“Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Salmos 139.7).
ONISCIENTE:
Isto significa que Ele conhece todas as coisas:
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (1 Coríntios 2.10-11).
ONIPOTENTE:
Isto significa que o Espírito Santo é todo-poderoso:
“Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus” (Salmos 62.11).
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
ETERNO:
Isto significa que Ele é eterno. Ele não teve nenhum princípio e não terá nenhum fim:
“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.14).
A natureza eterna do Espírito Santo pode ser ilustrada por um círculo. O círculo não tem nenhum ponto de início ou de fim, mas ele existe:
A Natureza Eterna do Espírito Santo
A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é parte da natureza trina de Deus, porém o Espírito Santo também tem uma natureza individual. A Bíblia revela que o Espírito Santo...
TEM UMA MENTE:
“E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Romanos 8.27).
ESQUADRINHA A MENTE HUMANA:
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.10).
TEM UMA VONTADE:
“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1 Co 12.11).
A vontade do Espírito Santo guia os crentes por negar-lhe a permissão a certas ações:
“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu” (Atos 16.6-7).
A vontade do Espírito Santo também guia aos crentes concedendo a permissão:
“Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (Atos 3.10).
FALA:
Ele falou a Felipe:
“Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o” (Atos 8.29).
Ele falou a Pedro:
“Enquanto meditava Pedro acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão aí dois homens que te procuram” (Atos 10.19).
Ele falou aos anciãos da cidade de Antioquia:
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (Atos 13.2).
Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse registram várias mensagens faladas pelo Espírito Santo às sete igrejas na Ásia.
AMA:
“Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor” (Romanos 15.30).
INTERCEDE:
Um dos traços da personalidade do Espírito Santo é que Ele é um intercessor. Isto significa que Ele ora a Deus em nome de outrem:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).
A SENSIBILIDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo tem uma natureza sensível. Isto significa que Ele tem sentimentos que podem ser afetados pelas ações do homem. Devido à natureza sensível do Espírito Santo, a Bíblia adverte que você não deve:
MENTIR AO ESPÍRITO SANTO:
“Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4).
RESISTIR AO ESPÍRITO SANTO:
O Espírito Santo tem ministérios específicos para o crente que se discutirão no Capítulo Três deste curso. Resistir ao Espírito Santo é não se entregar a Ele quando Ele tenta ministrar em sua vida:
“Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis” (Atos 7.51).
APAGAR O ESPÍRITO:
Você apaga o Espírito Santo quando você se nega a fazer o que o Espírito Santo o mandou fazer.
A palavra “apagar” é usada em outra parte na Bíblia em referência a apagar um fogo. Quando você apaga o Espírito Santo ele detém o fluxo de Seu poder dentro de você. É como atirar água sobre um fogo. A Bíblia adverte:
“Não apagueis o Espírito” (1 Tessalonicenses 5.19).
REBELAR-SE CONTRA O ESPÍRITO:
Apagar o Espírito Santo é não fazer o que o Espírito Santo nos manda fazer. Rebelar-se contra o Espírito Santo é fazer algo que o Espírito Santo não quer que nós façamos. A nação de Israel se rebelou contra o Espírito Santo:
“Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram!” (Salmos 78.40).
ENTRISTECER O ESPÍRITO SANTO:
A Bíblia adverte:
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4.30).
INSULTAR O ESPÍRITO SANTO:
Você insulta o Espírito Santo voltando ao pecado depois que você tem experimentado o perdão através do sangue de Jesus Cristo:
“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hebreus 10.29).
“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia” (Hebreus 6.4-6).
BLASFEMAR O ESPÍRITO:
“Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada” (Mateus 12.31-32).
O pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo é chamado de o “pecado imperdoável”, porque segundo esta passagem lê é um pecado para o qual não há perdão. Blasfemar significa falar palavras abusivas que rejeitam o poder do Espírito Santo como sendo de Deus e o reivindica ser de Satanás. Se uma pessoa rejeita totalmente o poder do Espírito Santo, então, ele nunca poderá salvar-se porque é o Espírito Santo que atrai os homens pecadores a Jesus Cristo.
O Espírito Santo produz muitos sinais para confirmar o poder de Deus. Jesus estava dizendo que se uma pessoa não pudesse aceitar estes sinais miraculosos como a prova da verdade do Evangelho, então o que possivelmente poderia convencê-los a crer?
CONTRISTAR O ESPÍRITO SANTO:
Contristar o Espírito Santo significa irritar, desgostar, provocar ou enfadar. O Espírito Santo é molestado pela desobediência e incredulidade da humanidade. O profeta Isaías registra o que aconteceu ao povo de Deus, Israel, quando eles molestaram o Espírito Santo:
“Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles” (Isaías 63.10).
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva os versículos-chave de memória.
________________________________________ ________________________________________
2. O Espírito Santo é parte da natureza trina de Deus que consiste em Deus o ________, Deus o ________________ e Deus o _____________________________.
3. Liste os seis traços ou características da personalidade do Espírito Santo que foram discutidos neste capítulo:
____________________ ____________________ ____________________
____________________ ____________________ ____________________
4. O que significa quando nós dizemos que o Espírito Santo tem “uma natureza sensível?”
________________________________________
5. Visto que o Espírito Santo tem uma natureza sensível, a Bíblia adverte que você não deve:
________________________________________
6. Leia as palavras na lista um. Leia as definições na lista dois. Escreva o número da definição diante da palavra que a descreve melhor. O primeiro está feito como um exemplo.
A Natureza Trina do Espírito Santo
Lista Um Lista Dois
__5__ Igual 1. Isto significa que Ele é todo-poderoso.
_____ Onipresente 2. Isto significa que Ele conhece todas as coisas.
_____ Onisciente 3. Isto significa que Ele está presente em todo lugar.
_____ Onipotente 4. Isto significa que Ele é eterno.
_____ Eterno 5. Isto significa que Ele é um com o Pai e com o Filho.
(As respostas se encontram ao final do capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
O assunto deste curso é o Espírito Santo, que é uma personalidade da Trindade de Deus. O seguinte esboço o ajudará no estudo das outras pessoas da Trindade, Deus o Pai e Seu Filho Jesus Cristo.
A TRINDADE
Deus é um ser trino composto do Pai, Filho e Espírito Santo:
n O Pai testificou do Filho: Mateus 3.17.
n O Filho testificou do Pai: João 5.19-20.
n O Filho testificou do Espírito: João 14.26.
DEUS O PAI
Deus é o Criador de todas as coisas: Neemias 9.6.
OS NOMES DE DEUS:
A palavra “Deus” [aquele que é adorado] é um título que os homens usam para descrever o Ser Supremo. A Bíblia dá vários outros nomes para Deus. Nos nomes da Bíblia se encontram mais de uma identificação.
Eles são descritivos do portador do nome. Os nomes para Deus incluem:
n Jeová: significa Senhor. A Bíblia combina isto com outros nomes para Deus:
o Jeová-Rafá: O Senhor que te cura: Ex 15.26.
o Jeová-Nissi: O Senhor nossa bandeira: Êxodo 17.8-15.
o Jeová-Shalom: O Senhor nossa paz: Juízes 6.24.
o Jeová-Ra’ah: O Senhor é meu pastor: Salmos 23.1.
o Jerová-Tsidqenuw: O Senhor, Justiça nossa: Jeremias 23.6.
o Jeová-Yireh: O Senhor que provê: Gênesis 22.14.
o Jeová-Shammah: O Senhor está ali: Ezequiel 4.35.
n Elohim: Que significa Deus; usado onde o poder criativo de Deus está implícito:
o Pai: Atos 17.28; João 1.12-13.
o Adonai: Significa “Senhor” ou amo: Êxodo 23.17; Isaías 10.16, 33.
n El: Este se usa freqüentemente em combinação com outras palavras para Deus:
o El-Shaddai: O Deus que é suficiente para as necessidades de Seu povo: Êxodo 6.3.
o Eloham: O Deus eterno: Gênesis 21.33.
o El-Eliom: Deus altíssimo, exaltado sobre todos os outros Deus: Gênesis 14.18-20.
No idioma hebraico no qual o Antigo Testamento foi escrito, a palavra “Yahweh” quer dizer deus. Esta palavra é combinada com outras palavras para revelar mais sobre o caráter de Deus. Deus é chamado de:
n Yahweh-JYireh: O Senhor que provê: Gn 22.14.
n Yahweh-Nissi: O Senhor é minha bandeira: Ex 17.15.
n Yahweh-Shalom: O Senhor é paz: Juízes 6.24.
n Yahweh-Sabaó: O Senhor dos Exércitos: 1 Sm 1.3.
n Yahweh-Qadash: O Senhor que santifica: Ex 31.13.
n Yahweh-Ra’ah: O Senhor... meu pastor: Salmos 23.1.
n Yahweh-tsidqenuw: O Senhor nossa justiça: Jr 23.6.
n Yahweh-Shammah: O Senhor está ali: Ez 48.35.
n Yahweh-Elohim Israel: O Senhor Deus de Israel: Jz 5.3
n Qadosh Israel: O Santo de Israel: Is 1.4.
ONDE DEUS ESTÁ:
O trono de Deus está em um lugar chamado Céu, porém Ele também habita o universo inteiro. Deus está em todas as partes: 2 Cr 16.9; Is 66.1; Pv 15.3; Sl 139.7-8.
QUÃO GRANDE É DEUS:
Deus é maior do que o inverso. Não há nenhum instrumento humano que O possa medir: Isaías 40.12, 15, 22.
OS ATRIBUTOS DE DEUS:
Atributos significam características. Os atributos de Deus são listados abaixo. Deus é:
Espírito: João 4.24.
Infinito: [Não sujeito às limitações humanas]: 1 Reis 8.27; Êxodo 15.18; Dt 33.27; Ne 9.5; Salmos 90.2; Jr 10.10; Ap 4.8-10.
Uno: Isto significa que Ele é uma unidade de três pessoas em uma: Êxodo 20:3; Deuteronômio 4:35, 39; 6:4; 1 Samuel 2:2; 2 Samuel 7:22; 1 Reis 8:60; 2 Reis 19:15; Neemias 9:6; Isaías 44:6-8; 1 Timóteo 1:17.
Onipotente: Gn 1.1; 17:1; 18:14; Êxodo 15:7; Deuteronômio 3:24; 32:39; 1 Crônicas 16:25; Jó 40:2; Isaías 40:12-15; Jeremias 32:17; Ezequiel 10:5; Daniel 3:17; 4:35; Amós 4:13; 5:8; Zacarias 12:1; Mateus 19:26; Apocalipse 15:3; 19:6.
Onipresente: Gn 28,15-16; Deuteronômio 4.39; Josué 2:11; Provérbios 15:3; Isaías 66:1; Jeremias 23:23-24; Amós 9:2-4,6; Atos 7:48-49; Efésios 1:23.
Onisciente: Gn 18:18,19; 2 Reis 8:10,13; 1 Crônicas 28:9; Salmos 94:9; 139:1-16; 147:4-5; Provérbios 15:3; Isaías 29:15-16; 40:28; Jeremias 1:4,5; Ezequiel 11:5; Daniel 2:22,28; Amós 4:13; Lucas 16:15; Atos 15:8,18; Romanos 8:27,29; 1 Coríntios 3:20; 2 Timóteo 2:19; Hebreus 4:13; 1 Pedro 1:2; 1 João 3:20.
Sábio: Salmos 104:24; Provérbios 3:19; Jeremias 10:12; Daniel 2:20-21; Romanos 11:33; 1 Coríntios 1:24,25,30; 2:6-7; Efésios 3:10; Colossenses 2:2-3.
Santo: Êxodo 15:11; Levítico 11:44-45; 20:26; Josué 24:19; 1 Samuel 2:2: Salmos 5:4; 111:9; 145:17; Isaías 6:3; 43:14-15; Jeremias 23:9; Lucas 1:49; Tiago 1:13; 1 Pedro 1:15-16; Apocalipse 4:8; 15:3-4.
Fiel: Êxodo 34:6; Números 23:19; Deuteronômio 4:31; Josué 21:43-45; 23:14; 1 Samuel 15:29; Jeremias 4:28; Isaías 25:1; Ezequiel 12:25; Daniel 9:4; Miquéias 7:20; Lucas 18:7-8; Romanos 3:4; 15:8; 1 Coríntios 1:9; 10:13; 2 Coríntios 1:20; 1 Tessalonicenses 5:24; 2 Tessalonicenses 3:3; 2 Timóteo 2:13; Hebreus 6:18; 10:23; 1 Pedro 4:19; Apocalipse 15:3.
Misericordioso: Tito 3:5; Lamentações 3:22; Daniel 9:9; Jeremias 3:12; Salmos 32:5; Isaías 49:13; 54:7.
Amoroso: Deuteronômio 7.8; Efésios 2.4; Sofonias 3:17; Isaías 49:15-16; Romanos 8:39; Oséias 11:4; Jeremias 31:3.
Bom: Salmos 25:8; Naum 1:7; Salmos 145:9; Romanos 2:4; Mateus 5:45; Salmos 31:19; Atos 14:17; Salmos 68:10; 85:5.
DEUS, O FILHO, JESUS CRISTO
A VIDA DE CRISTO:
A história de Jesus Cristo, o Filho, se registra nos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João.
Estude estes livros para um registro completo do nascimento, vida, morte e ressurreição e ensinamentos de Jesus Cristo.
TÍTULOS DADOS A JESUS CRISTO:
O nome “Jesus” significa “Salvador ou libertador”: Mateus 1.21.
Títulos adicionais dados a Jesus Cristo na Bíblia:
n O bom pastor: João 10.11.
n A luz do mundo: João 8.12.
n O pão da vida: João 6.48.
n O caminho: João 14.6.
n A verdade: João 14.6.
n A vida: João 14.6.
n O Rei dos Reis e Senhor dos Senhores: Apocalipse 19.16.
n O Filho do Homem: Mateus 17.22.
n O Filho de Davi: Mateus 1.1.
n O último Adão: 1 Coríntios 15.45.
n O Sol nascente das alturas Lucas 1.78.
n O Filho de Deus: Mateus 16.16.
n Filho Unigênito: João 3.16.
n Pedra Angular: Efésios 2.20.
n O Grande Sumo Sacerdote: Hebreus 4.14.
n O mediador: Hebreus 12.24.
n O leão da tribo de Judá: Apocalipse 5.5.
n O Alfa e Ômega [primeiro e último]: Apocalipse 1.8.
n O justo juiz: 2 Timóteo 4.8.
n O Rei dos judeus: Marcos 15.26.
n O Rei de Israel: João 1.49.
n O autor e consumador de nossa fé: Hebreus 12.2.
n Bendito e Unido Soberano: 1 Tm 6.15.
n Príncipe da Vida: Atos 3.15.
n Capitão da Salvação: Hebreus 2.10.
n O Senhor: Atos 2.36.
n O Salvador: João 4.42.
n O Cristo: Marcos 1.1.
n O Logos ou A Palavra: João 1.1, 14.
n O Cordeiro de Deus: João 1.29.
OS ATRIBUTOS DE JESUS CRISTO:
Porque Ele é parte da Trindade de Deus, Jesus Cristo tem os mesmos atributos que Deus. A Bíblia mostra alguns destes especificamente nos seguintes versículos. Jesus é:
Onipotente: Mateus 28.18.
Onisciente: Mateus 16.30; João 21.17.
Onipresente: Mateus 18.20; 28.20.
Eterno: João 1.1-2; 8.58.
Imutável: Hebreus 13.8.
A DIVINDADE DE JESUS:
O livro de João enfatiza a divindade de Jesus, o fato de que Ele é parte da Deidade. Cada capítulo faz uma referência a isto. Leia os versículos selecionados abaixo e resuma cada um no espaço proporcionado:
1:49 _________________________ 11:27 _________________________
2:11 _________________________ 12:32 _________________________
3:16 _________________________ 13:13 _________________________
4:26 _________________________ 14:11 _________________________
5:25 _________________________ 15:1 _________________________
6:33 _________________________ 16:28 _________________________
7:29 _________________________ 17:1 _________________________
8:58 _________________________ 18:11 _________________________
9:37 _________________________ 19:7 _________________________
10:30 ________________________ 20:28 _________________________
21:14 _________________________
CAPÍTULO DOIS
REPRESENTANDO O ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar os símbolos do Espírito Santo.
n Explique o que cada símbolo representa.
n Listar os títulos do Espírito Santo.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).
INTRODUÇÃO
Os títulos e símbolos que representam o Espírito Santo proporcionam o conhecimento de Sua natureza e funções em favor do Crente. Os títulos e símbolos do Espírito Santo são o assunto deste capítulo enquanto nós continuamos esta introdução ao ministério do Espírito Santo.
OS TÍTULOS DO ESPÍRITO SANTO
Um título é uma frase descritiva que explica a posição e/ou função de uma pessoa. Por exemplo, se uma pessoa tem o título de “presidente” de um país, isso explica sua posição no governo e sua função como o líder da nação.
Os títulos dados ao Espírito Santo na Bíblia revelam muita coisa sobre Sua posição e função. O Espírito é chamado de:
O ESPÍRITO DE DEUS:
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).
O ESPÍRITO DE CRISTO:
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Romanos 8.9).
O ESPÍRITO ETERNO:
Isto significa que o Espírito Santo é eterno, sem princípio e sem fim:
“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.14).
O ESPÍRITO DA VERDADE:
O Espírito Santo é a fonte da verdade da inspirada Palavra de Deus, a Bíblia. Ele revela esta verdade à humanidade:
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16.13).
O ESPÍRITO DE GRAÇA:
“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hebreus 10.29).
O ESPÍRITO DE VIDA:
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8.2).
O ESPÍRITO DE GLÓRIA:
“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1 Pedro 4.14).
O ESPÍRITO DE SABEDORIA E REVELAÇÃO:
O Espírito Santo dá a sabedoria aos crentes e revela o conhecimento de Jesus Cristo:
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele” (Efésios 1.17).
O CONSOLADOR:
O Espírito Santo consola aos crentes em tempos de problemas, dor e solidão:
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.26).
O ESPÍRITO PROMETIDO:
O Espírito Santo é o Espírito da Promessa porque Ele é o Espírito que foi enviado para cumprir a promessa de Deus:
“E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1.4-5).
O ESPÍRITO DE SANTIDADE:
“E foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1.4).
O ESPÍRITO DE FÉ:
“Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos” (2 Co 4.13).
O ESPÍRITO DE ADOÇÃO:
É através do Espírito Santo que nós somos “adotados” na família de Deus como filhos de Deus:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.15).
OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
A Bíblia usa vários símbolos para representar o Espírito Santo. Um símbolo representa algo. É um emblema que tem um significado especial. Os seguintes são símbolos usados na Bíblia para representar o Espírito Santo:
POMBA:
O Espírito Santo se revelou em forma de uma pomba no momento do batismo de Jesus. Este símbolo do Espírito Santo indica aprovação, pureza e paz:
“E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele” (João 1.32).
Aprovação:
“E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele” (João 1.32).
Paz:
“Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso” (Salmos 55.6).
Pureza:
“Mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada, de sua mãe, a única, a predileta daquela que a deu à luz; viram-na as donzelas e lhe chamaram ditosa; viram-na as rainhas e as concubinas e a louvaram” (Cântico dos Cânticos 6.9).
AZEITE:
O azeite é usado na Bíblia como um símbolo ou emblema do Espírito Santo. O Azeite indica a luz, cura e unção para o serviço. Todos estes são dados ao crente através do Espírito Santo.
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
“Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos” (Atos 1.9).
ÁGUA:
A água significa a nova vida e a purificação do pecado que o Espírito Santo traz ao crente. Jesus falou do Espírito Santo ser como água:
“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (João 7.37-39).
“Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Isaías 44.3).
UM SELO:
Um selo é uma marca especial que indica propriedade. Também indica uma transação concluída. O Espírito Santo tem selado aos crentes como pertencentes a Deus. Indica que sua salvação é uma obra concluída.
“Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Efésios 1.13).
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Efésios 4.30).
“Que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”(2 Coríntios 1.22).
VENTO:
O vento também é um emblema do Espírito Santo. Representa o poder do Espírito Santo:
“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3.8).
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados” (Atos 2.1-2).
Você não pode ver o vento no mundo natural, porém você certamente pode ver os efeitos visíveis do vento. No mundo natural, o vento tem funções especiais. Estas funções são paralelos naturais das funções do “vento” do Espírito Santo:
O vento Produz Vida:
Ele espalha as sementes enquanto ele sopra e isto traz novo crescimento. O Espírito Santo produz a vida através das sementes da Palavra de Deus enquanto elas se espalham nos corações e mentes dos homens. Esta vida não somente é vida eterna de salvação, porém vida espiritual madura através do fruto espiritual que resulta da semente da Palavra.
O vento separa o trigo da palha:
Purifica enquanto lança os restos para longe. O Espírito Santo serve como um poder purificador na vida do crente.
O vento abana as brasas que estão morrendo e as vivifica - põe para arder outra vez:
O Espírito Santo “abana” o povo de Deus em avivamento e o faz um fogo acesso de ministério ao mundo.
FOGO:
O fogo é outro símbolo do Espírito Santo. O fogo significa:
A Presença do Senhor:
“Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia” (Êxodo 3.2).
A aprovação do Senhor:
“E eis que, saindo fogo de diante do SENHOR, consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo o povo, jubilou e prostrou-se sobre o rosto”(Levítico 9.24).
Proteção e Direção:
“O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite” (Êxodo 13.21).
Purificação:
Isaías 6.1-8 relata sobre o profeta Isaías sendo purificado pelo fogo do Espírito Santo. Leia esta passagem em sua Bíblia.
O Dom do Espírito Santo:
Quando o Espírito Santo foi derramado, o fogo foi usado como um símbolo de Sua presença:
“E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles” (Atos 2.3).
Juízo:
“Porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hebreus 12.29).
REPRESENTANDO O ESPÍRITO SANTO
Os nomes e símbolos que representam o Espírito Santo revelam apenas alguns de Seus propósitos e ministérios.
Detalhes adicionais dos ministérios do Espírito Santo são dados no próximo capítulo.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. O que é um símbolo?
________________________________________
3. Leia a lista de símbolos do Espírito Santo na lista um. Leias as definições na lista dois. Escreva o número da definição no espaço em branco diante do símbolo que o descreve melhor.
Símbolos do Espírito Santo
Lista Um Lista Dois
_____ Vento 1. Pureza e paz
_____ Selo 2. Indica luz, cura, unção para o serviço.
_____ Água 3. Indica vida e purificação.
_____ Pomba 4. Indica propriedade.
_____ Azeite 5. Indica poder.
4. O fogo é um símbolo do Espírito Santo. Liste as seis coisas que o fogo significa:
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
______________________________ ______________________________
5. Se discutiram treze títulos do Espírito Santo neste capítulo. Quanto você pode listar?
___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________ ___________
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
No Novo Testamento há 261 passagens que se referem ao Espírito Santo. Ele é mencionado:
n 56 vezes nos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.
n 57 vezes no livro de Atos.
n 148 vezes no restante do Novo Testamento.
Leia o Novo Testamento inteiro. Enquanto você lê, circule cada menção ao Espírito Santo. Estude estas passagens para aumentar seu conhecimento do ministério do Espírito Santo.
Capítulo Três
O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Explicar o ministério do Espírito Santo com respeito a:
o Criação
o Escrituras
o Israel
o Satanás
o Jesus
o Pecador
o Igreja
o Crentes
VERSÍCULO-CHAVE:
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.26).
INTRODUÇÃO
O propósito deste capítulo é descrever os ministérios do Espírito Santo desde a criação do mundo até Seu ministério presente aos crentes.
A CRIAÇÃO
O Espírito Santo estava ativo na criação da terra:
“A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas” (Gênesis 1.2).
“Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Salmos 104.30).
AS ESCRITURAS
O ministério do Espírito Santo envolve a Palavra escrita de Deus que é chamada de as Escrituras Sagradas ou Bíblia. O Espírito Santo ministrou por:
REVELAÇÃO:
Ele falou aos escritores humanos a mensagem de Deus:
“Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).
INSPIRAÇÃO:
Ele guiou a estes escritores para que a mensagem permanecesse exata:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17).
ILUMINAÇÃO:
Ele ilumina os corações humanos para entender a mensagem do Evangelho:
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.26).
ISRAEL
A nação de Israel foi escolhida por Deus como um povo através de quem Ele poderia revelar-se e poderia cumprir Seu plano mestre no mundo. Foi através de Israel que o Messias veio para salvar aos homens do pecado. As experiências de Israel proporcionaram um exemplo tanto de êxito quanto de fracasso aos crentes. De Jerusalém, a capital federal de Israel, a mensagem do Evangelho se espalhou por todo o mundo.
O ministério do Espírito Santo a Israel é evidente desde o exato princípio da nação. O Espírito Santo:
VEIO SOBRE OS LÍDERES DE ISRAEL:
Há muitos exemplos disto reproduzir todos os versículos como parte deste manual. As referências são listadas na seção “Para Estudo Adicional” deste capítulo. O Estudo deste assunto proporcionará entendimento de como o Espírito Santo entrou nas vidas das pessoas durante os tempos do Antigo Testamento.
VENHO SOBRE OS LUGARES DE ADORAÇÃO DE ISRAEL:
“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Êxodo 40.34).
“Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR” (1 Reis 8.10).
O GUIOU À TERRA PROMETIDA:
“E lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar; não lhes negaste para a boca o teu maná; e água lhes deste na sua sede” (Neemias 9.20).
VIRÁ PARA ISRAEL DURANTE A TRIBULAÇÃO:
A tribulação é um tempo futuro de grande problema na terra. Deus porá uma marca especial de proteção em Israel.
“Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7.2-4).
VIRÁ PARA ISRAEL DURANTE O MILÊNIO:
O Milênio é um período de mil anos de paz durante o qual Jesus reinará na terra:
“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zacarias 12.10).
SATANÁS
O Espírito Santo inclusive tem um ministério com respeito a Satanás. O Espírito Santo é a força espiritual que refreia e limita o poder de Satanás:
“Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do SENHOR” (Isaías 59.19).
Quando o Espírito Santo retirar-se do mundo, então o espírito do anticristo terá o controle por um período de tempo. O anticristo será um líder mundial maligno:
“Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça. Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Tessalonicenses 2.7-14).
JESUS
O ministério do Espírito Santo foi evidente na vida de Jesus. Jesus:
FOI CONCEBIDO PELO ESPÍRITO:
“Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35).
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo... Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1.18, 20).
FOI UNGIDO PELO ESPÍRITO:
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele” (Mateus 3.16).
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4.18).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10.38).
“Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros” (Hebreus 1.9).
FOI SELADO PELO ESPÍRITO:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo” (João 6.27).
FOI LEVADO PELO ESPÍRITO:
“A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
FOI REVESTIDO / AUTORIZADO PELO ESPÍRITO:
“Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12.28).
FOI CHEIO DO ESPÍRITO:
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto” (Lucas 4.1).
“Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida” (João 3.34).
SE COMOVEU NO ESPÍRITO:
“Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se” (João 11.33).
SE REGOZIJOU NO ESPÍRITO:
“Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado” (Lucas 10.21).
FOI OFERECIDO ATRAVÉS DO ESPÍRITO:
“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo” (Hebreus 9.14).
FOI VIVIFICADO PELO ESPÍRITO:
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pedro 3.18).
“E foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1.4).
ORDENOU A SEUS DISCÍPULOS ATRAVÉS DO ESPÍRITO:
“Até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas” (Atos 1.2).
“Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16.7-11).
A IGREJA
O Espírito Santo serve a vários propósitos na igreja. Ele...
A FORMOU:
“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2.19-22).
INSPIRA SUA ADORAÇÃO:
“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (Filipenses 3.3).
DIRIGE SUAS ATIVIDADES MISSIONÁRIAS:
“Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o” (Atos 8.29).
“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu... Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (Atos 16.6, 7, 10).
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado... Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre” (Atos 13.2, 4).
SELECIONA A SEUS MINISTROS:
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).
UNGE AOS SEUS PREGADORES:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4).
DIRIGE SUAS DECISÕES:
“Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais” (Atos 15.28).
A BATIZA COM PODER:
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.1-4).
OS CRENTES
O Espírito Santo serve a um propósito importante nas vidas dos crentes. Ele...
CONVENCE:
É o Espírito Santo quem convence de pecado para atrair os homens e mulheres a Jesus. Você não poderia tornar-se um crente sem este ministério do Espírito:
“Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16.8-11).
REGENERA:
O Espírito Santo muda sua vida quando você se torna um crente:
“Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3.5).
“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (João 3.3-7).
SANTIFICA:
O Espírito Santo toma esta vida que foi transformada pela salvação e a capacita para viver uma vida justa:
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2 Ts 2.13).
BATIZA:
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
MORA DENTRO:
O propósito desta habitação é fortalecer a nova natureza recebida através da salvação:
“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19).
“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16).
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).
“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gálatas 5.16-18).
No mundo natural, depois que uma casa tem sido habitada por uma pessoa por um período de tempo ela reflete o caráter desta pessoa. Igualmente, nossas casas espirituais em refletir o caráter do Espírito Santo que mora dentro de nós.
FORTALECE:
“Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior” (Efésios 3.16).
UNE:
O Espírito Santo torna um crente um em espírito com Deus e com os outros crentes. Isto se chama a “unidade do Espírito”:
“Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele” (1 Co 6.17).
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co 12.12-13).
INTERCEDE:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos 8.26).
“Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo” (Judas 20).
“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6.18).
GUIA:
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir” (João 16.13).
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14).
DEMONSTRA O AMOR:
“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.5).
CONFORMA À IMAGEM DE CRISTO:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3.18).
REVELA A VERDADE:
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.10).
ENSINA:
“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou” (1 João 2.27).
DÁ SEGURANÇA DA SALVAÇÃO:
“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).
“E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” (João 3.24).
DÁ LIBERDADE:
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8.2).
“Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3.17).
CONSOLA:
“A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número” (Atos 9.31).
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós... mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14.17, 26).
VIVIFICA:
O mesmo Espírito Santo que levantou a Cristo dos mortos mora em você. O Espírito pode vivificar [dar nova vida, ressuscitar] seu corpo mortal:
“Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Romanos 8.11).
FALA:
“Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo” (Marcos 3.11).
DEMONSTRA O PODER DE DEUS:
“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios 2.4-5).
INSPIRA A ADORAÇÃO:
“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24).
CAPACITA PARA DAR TESTEMUNHO:
O poder para dar testemunho é a verdadeira evidência de que alguém foi batizado no Espírito Santo:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
DÁ OS DONS E DESENVOLVE O FRUTO:
O Espírito Santo dá os dons espirituais aos crentes. Estas são habilidades específicas para permitir-lhe funcionar eficazmente como parte da Igreja. O Espírito Santo também desenvolve o fruto espiritual na vida de um crente. O fruto espiritual se refere à natureza do Espírito santo na vida de um crente. Devido a sua importância, o fruto e os dons do Espírito são discutidos em capítulos separados.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. Liste cinco propósitos do Espírito Santo com respeito à nação de Israel.
_______________ _____________ _____________ _____________ _____________
3. Esta declaração é verdadeira ou falsa? O Espírito Santo estava envolvido na criação da terra. A declaração é: __________________
4. Escreva o número do significado correto diante da palavra que ele descreve.
Os Propósitos Do Espírito Santo
Com Relação à Escritura
_____ Iluminação |
1. Ele falou aos escritores humanos a mensagem de Deus. |
_____ Revelação |
2. O ministério presente do Espírito Santo que ajuda as pessoas a ministrar o Evangelho. |
_____Inspiração |
3. O Espírito guiou aos escritores para que a mensagem fosse exata. |
5. Dê uma referência da Escritura que explica o propósito do Espírito Santo na vida de um pecador.
________________________________________
6. Qual é o ministério do Espírito Santo com respeito a Satanás?
________________________________________
7. Este capítulo listou onze propósitos do Espírito Santo na vida de Jesus Cristo. Quantos deles você poderá listar?
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8. Este capítulo discutiu sete propósitos do Espírito Santo na igreja. Quantos deles você pode listar?
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9. Este capítulo discutiu vinte propósitos do Espírito Santo na vida de um crente. Quantos deles você pode listar?
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10. Qual é a verdadeira evidência que uma pessoa foi batizada no Espírito Santo?
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(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Estude as seguintes passagens da Bíblia para aprender mais sobre o ministério do Espírito Santo à nação de Israel:
Gênesis 41:38.
Números 11:17; 11:25; 27:18.
Juízes 3:10; 6:34; 11:29; 14:6,19; 15:14-15.
1 Samuel 10:10; 11:6; 16:13.
1 Reis 18:12.
2 Reis 2:15-16.
Ezequiel 2:2.
Daniel 4:9; 5:11; 6:3.
Miquéias 3:8.
2 Crônicas 15:1; 24:20.
2. Reveja os propósitos do Espírito Santo na vida de um crente. Você está permitindo ao Espírito Santo servir em cada uma destas áreas em sua vida?
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3. Reveja os ministérios do Espírito Santo à Igreja. Pense sobre a comunhão da igreja na qual você participa... Em quais áreas se permite ao Espírito Santo ministrar Seus propósitos? Em quais áreas se necessita melhorar?
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Capítulo Quatro
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Definir batizar.
n Identificar três referências bíblicas onde se revela o que aconteceu quando as pessoas receberam o batismo no Espírito Santo.
n Explicar como receber o batismo no Espírito Santo.
n Identificar o sinal físico exterior do batismo no Espírito Santo.
n Listar as diretrizes para receber o batismo no Espírito Santo.
n Receber o batismo no Espírito Santo.
n Listar as quatro principais objeções que as pessoas levantam ao batismo no Espírito Santo.
VERSÍCULO-CHAVE:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
INTRODUÇÃO
A Bíblia fala de quatro batismos diferentes:
1. O batismo de sofrimento experimentado por Jesus.
2. O batismo de água realizado por João Batista.
3. O batismo cristão na água.
4. O batismo do Espírito Santo.
Este capítulo envolve o batismo do Espírito Santo. (Os outros três batismos se discutem no curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Fundamentos da Fé”).
DEFINIÇÃO
A palavra “batizar” significa submergir completamente ou submergir em algo.
A PROMESSA DO BATISMO
Depois da ressurreição e antes de Seu retorno ao céu, Jesus deu instruções importantes a Seus seguidores:
“Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49).
A promessa a qual Jesus se referiu era o Espírito Santo:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros” (João 14.16-18).
Esta não era uma nova promessa. O dom do Espírito Santo havia sido prometido desde os tempos do Antigo Testamento:
“Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo, ao qual ele disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir” (Isaías 28.11-12).
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Joel 2.28-29).
A EVIDÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO
Como você aprendeu em um capítulo anterior, o Espírito Santo tem muitos propósitos nas vidas dos crentes:
Um dos propósitos principais do Espírito Santo, sem dúvida, é fazer do cristão uma testemunha poderosa do Evangelho:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
A verdadeira evidência do batismo do Espírito Santo foi imediatamente visível na vida do apóstolo Paulo. Antes do dia de Pentecostes ele havia negado covardemente que ele conhecia a Jesus. Depois de seu batismo no Espírito Santo, Pedro se colocou de pé e deu um poderoso testemunho do evangelho que produziu a salvação de 3,000 pessoas.
Foi o poder do Espírito Santo na Igreja Primitiva que produziu a extensão do Evangelho por todo o mundo. O livro de Atos é um registro deste testemunho poderoso que foi à evidência do batismo no Espírito Santo.
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Há sete passagens no Novo Testamento onde a palavra “batizar” é usada com respeito ao Espírito Santo. Quanto destas são palavras de João, o Batista, registradas nos Evangelhos:
“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3.11).
“Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo” (Marcos 1.8).
“Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Lucas 3.16).
“Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (João 1.33).
Jesus também falou do batismo no Espírito Santo:
“Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1.5).
Quando Pedro falou de eventos que tiveram lugar na casa de Cornélio ele citou as palavras de Jesus:
“Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo” (Atos 11.16).
Paulo também usou a palavra “batizar” com respeito ao Espírito Santo:
“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1 Co 12.13).
O uso da frase “batizar em” o Espírito Santo é semelhante à que descreveu o batismo cristão em água. Em ambos os casos o batismo é uma confirmação exterior de uma experiência espiritual interior.
O Espírito Santo foi dado durante um tempo de observância judaica chamada de a festa de Pentecostes. Por esta razão, o batismo no Espírito Santo é chamado freqüentemente de uma “experiência pentecostal” e a ocasião em que o Espírito é derramado é chamado de “dia de pentecostes”.
O Espírito Santo veio do céu e submergiu (batizou) completamente os crentes congregados no cenáculo de uma casa em Jerusalém. Eles estavam esperando ou “permanecendo” por Sua vinda como lhes havia sido ordenado por Jesus. Pedro disse que esta experiência era o cumprimento da promessa de Deus, “Sucederá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne”. Esta promessa foi dada ao profeta Joel:
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Joel 2.28-29).
Homem e mulher, jovem e velho, todos seriam incluídos neste derramamento do Espírito Santo. Eles profetizariam, teriam sonhos e visões. O Espírito de Deus capacitaria aos servos [homens] e serva [mulheres]. No dia em que o Espírito Santo foi dado Pedro disse:
“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar”(Atos 2.38-39).
As palavras de Pedro revelaram que a promessa do Espírito Santo era:
n Uma promessa nacional: “Para vós” [o povo judeu].
n Uma promessa familiar: “para vossos filhos”.
n Uma promessa universal: “e para todos... quanto o Senhor, nosso Deus, chamar”.
O SINAL FÍSICO
O Espírito Santo é invisível ao olho natural. Ele foi comparado por Jesus ao vento:
“O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (João 3.8).
Ainda que o vento seja visível, é possível ver e ouvir os efeitos que ele produz. Quando o vento sopra o pó sobe da terra, as árvores balançam, as folhas sussurram, as ondas do mar rugem, e as nuvens se movem no céu. Todos estes são sinais físicos do vento. Assim também é com o Espírito Santo. Ainda que Ele é invisível, podemos ver e ouvir os efeitos que o Espírito Santo produz.
Há três lugares no Novo Testamento onde nos é dito sobre o que aconteceu quando as pessoas foram batizadas no Espírito Santo:
1. DIA DE PENTECOSTES:
Atos 2.2-4 é o registro do que aconteceu no dia de pentecostes:
“De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.2-4).
2. A CASA DE CORNÉLIO:
Atos 10.44-46 é o registro do que aconteceu quando Pedro pregou o evangelho a um homem nomeado Cornélio e sua família:
“Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque também sobre os gentios foi derramado o dom do Espírito Santo; pois os ouviam falando em línguas e engrandecendo a Deus” (Atos 10.44-46).
3. OS CONVERTIDOS EM ÉFESO:
Atos capítulo 19, versículo 6, descreve o que aconteceu ao primeiro grupo de convertidos de Éfeso:
“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam” (Atos 19.6).
UM SINAL COMUM: LÍNGUAS
Quando nós comparamos estas passagens há um sinal físico que é comum a todos os três: aqueles que receberam o batismo do Espírito Santo falaram em outras línguas. Se menciona outros sinais sobrenaturais do Espírito Santo, porém nenhum desses foram evidentes em todas as três ocasiões.
No dia de pentecostes houve o som de um vento violento e línguas visíveis de fogo foram vistas.
Estas coisas não são registradas nas outras duas ocasiões. Os novos convertidos de Éfeso profetizaram. Isto não se menciona como tendo ocorrido no dia de pentecostes ou na casa de Cornélio.
O único sinal exterior que os apóstolos observaram na experiência de Cornélio e sua casa foi que eles falaram em línguas. Este sinal físico foi a prova aos discípulos que esta família havia sido batizada no Espírito Santo. Destes registros bíblicos nós concluímos que o sinal físico de falar em línguas através do poder do Espírito Santo confirma que uma pessoa tem sido batizada no Espírito Santo.
O sinal de “línguas” pode ser idiomas conhecidos ao homem. Isto foi o que aconteceu no dia de pentecostes:
“Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?” (Atos 2.7-8).
As línguas também podem ser um idioma não conhecido pelos homens. Isto se chama “língua desconhecida”:
“Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios” (1 Co 14.2).
OS PROPÓSITOS PARA LÍNGUAS
O sinal de línguas recebido através do batismo no Espírito Santo tem muitos propósitos nas vidas dos crentes. Vá para 1 Coríntios 14 em sua Bíblia. Estes são alguns dos propósitos das línguas:
n Oração a Deus: versículo 2.
n Auto-edificação: edificar a si mesmo e conhecimento espiritual crescente - versículo 4.
n Quando interpretadas elas edificam a igreja: versículos 12-13.
n Intercessão: versículo 14 (também veja romanos 8.26-27).
n Sinal aos incrédulos: versículo 22.
n Cumprimento de profecia: versículo 21 (também veja Isaías 28.11-12).
n Louvor: versículos 15, 17.
OBJEÇÕES ÀS LÍNGUAS
Algumas pessoas objetam sobre o falar em línguas. Estas são algumas das objeções que elas levantam:
CADA CRISTÃO TEM O ESPÍRITO SANTO:
Uma das objeções mais comuns é que cada cristão recebe o Espírito Santo quando ele é convertido. Ele não necessita de uma experiência adicional para receber o batismo no Espírito Santo. Porém, considere os exemplos no Novo Testamento das pessoas que eram verdadeiros crentes. Os apóstolos haviam se arrependido de seus pecados e haviam crido que Jesus era o Messias. Eles haviam dado testemunho pessoalmente e havia aceitado como verdadeiro os fatos de Sua morte, sepultamento e ressurreição. Jesus lhes disse a Seus seguidores:
“Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lucas 24.49).
Ele também disse:
“Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1.5).
A experiência prometida do batismo no Espírito Santo veio no dia de pentecostes:
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
Ainda que os apóstolos já fossem cristãos foi somente a partir do dia de pentecostes que eles foram cheios [batizados] com o Espírito Santo.
As pessoas de Samaria ouviram o Evangelho pregado. Eles creram e foram batizados na água, porém eles não haviam recebido o Espírito Santo:
“Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus. Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo” (Atos 8.14-17).
As pessoas de Samaria receberam a salvação através do ministério de Felipe. Elas receberam o Espírito Santo através do ministério de Pedro e João. Receber o Espírito Santo foi uma experiência separada de receber a salvação.
O livro de Atos dos Apóstolos, no capitulo 19, versículos 1-6, descreve como Paulo foi à cidade de Éfeso e se encontrou com as pessoas descritas como “discípulos”. A primeira pergunta que Paulo fez foi, “recebestes o Espírito Santo quando crestes?”
Se as pessoas recebiam o Espírito Santo quando elas recebiam a salvação seria ridículo Paulo fazer esta pergunta. O fato que ele perguntou deixa claro que as pessoas se tornaram crentes sem receber o batismo no Espírito Santo. Ainda quando uma pessoa recebe o batismo do Espírito Santo ao mesmo tempo em que ela se converte, ainda é uma experiência separada da salvação.
Como você já sabe, o ministério do Espírito Santo pode ser observado desde a criação do mundo. O Antigo Testamento fala do Espírito Santo que veio sobre os líderes espirituais de Israel. O Espírito Santo também está operativo na vida de um pecador para trazê-lo a Cristo.
Porém, estes ministérios do Espírito Santo são diferentes do batismo com o Espírito Santo. Jesus deixou isso claro quando Ele disse:
“O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (João 14.17).
O Espírito Santo estava com os discípulos nesse momento, porém não ainda neles. Eles foram cheios [batizados] com o Espírito Santo no dia de pentecostes.
O Espírito Santo está COM o pecados para trazê-lo a Jesus Cristo. Porém, isso não é o mesmo que estar NELE.
Nos tempos do Antigo Testamento, o poder do Espírito Santo entrou nos líderes espirituais em momentos especiais. No Novo Testamento este poder se deu permanentemente aos crentes.
O Espírito Santo estava COM os líderes espirituais dos tempos do Antigo Testamento. Porém, Ele não estava ainda NELES. Esta é a diferença entre os ministérios do Espírito Santo no Antigo e no Novo Testamento.
FALAM TODOS EM OUTRAS LÍNGUAS?:
Outra objeção às línguas tem acontecido por se entender mal uma pergunta do apóstolo Paulo.
Em 1 Coríntios 12.30, a pergunta “falam todos em outras línguas?” A resposta à pergunta é “Não, todos não falam em l;ínguas”. Porém, Paulo não está falando aqui da experiência de ser batizado no Espírito Santo. A discussão envolve dons do Espírito Santo que podem ser usados pelo crente na igreja.
“Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.27-29).
Paulo está falando de dons que podem ser usados pelos membros da igreja. Um dos dons do Espírito Santo é “diversidade de línguas”. Na habilidade de dar mensagens especiais à igreja em línguas através do poder do Espírito Santo.
Ainda que todos experimentemos o sinal de línguas quando somos batizados no Espírito Santo, nem todos recebemos o dom especial de diversidade de línguas. (Este assunto é discutido mais adiante no Capítulo Nove).
MEDO:
Alguns crentes não buscam o batismo do Espírito Santo porque eles têm medo que eles receberão uma experiência que não é de Deus. Porém, a Bíblia diz:
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.7-11).
Se um crente pede algo a Deus, assim como um bom Pai terreno, Deus não lhe permitirá receber algo que o prejudicará.
EXPERIÊNCIA EMOCIONAL:
Outra objeção às línguas é que ela é uma experiência emocional. Muitos crentes que recebem o batismo no Espírito Santo dão ênfase às suas próprias reações emocionais à experiência.
O homem é uma criatura emocional. A conversão a Jesus Cristo não elimina as emoções de um homem. Ele ainda experimentará alegria e dor. A conversão libera as emoções do homem de sob o controle do pecado. Redime estas emoções para render adoração a Deus.
A palavra “alegria” na Escritura está estreitamente associada com o Espírito Santo. Em Atos 13.52 nós lemos que “os discípulos transbordavam de alegria e do Espírito Santo”. Algumas pessoas raciocinam com grande emoção a alegria que vem com o batismo do Espírito Santo porque elas são naturalmente mais emocionais que outras. Elas podem gritar, rir ou experimentar sensações físicas em seus corpos.
Porém, estas reações emocionais não são o sinal do batismo no Espírito Santo. Como alguém raciocina emocionalmente à alegria que esta experiência traz está relacionado à suas e emoções individuais.
Porém, você não deve criticar aqueles que têm reações jubilosas, emocionais ao Espírito Santo. A Bíblia registra reações emocionais daqueles que tiveram uma experiência poderosa com Deus. As pessoas tremeram, caíram prostradas no chão, gritara, regozijaram-se, e dançaram perante Deus.
É interessante observar a reação emocional das pessoas em vários eventos esportivos. Eles gritam, riem, pulam e expressam muita excitação por causa de jogo esportivo. Quando mais excitados devemos estar por causa de um dom como o Espírito Santo, que alcança tantos propósitos em nossas vidas, traz grande alegria, e nos equipa com poder para alcançar o mundo com o Evangelho.
O Salmista Davi estava de acordo. Ele apresenta uma figura da adoração a Deus que é exultante, forte e emocional:
“Vinde, cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos. Porque o SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses” (Salmos 95.1-3).
“Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!” (Salmos 150.3-6).
Você não tem que temer que o batismo no Espírito Santo o leve a fazer algo inapropriado ou a perder o controle de si mesmo.
Paulo disse que deve haver ocasiões para “ficar calado” e “falar consigo mesmo” com respeito ao falar em línguas (1 Coríntios 14). Ele não faria estas declarações se o Espírito Santo levasse as pessoas a ficarem fora de controle. A Bíblia diz:
“Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” (1 Coríntios 14.32).
Isto significa que qualquer dom que Deus dá está sujeito ao controle do usuário. Deus não faz nada inapropriado porque...
“Porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos” (1 Coríntios 14.33).
RECEBENDO O ESPÍRITO SANTO
O que são segue são algumas diretrizes para receber o batismo no Espírito Santo.
ARREPENDA-SE E SEJA BATIZADO:
“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38).
CREIA QUE É PARA VOCÊ:
“Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar” (Atos 2.39).
DESEJE-O:
“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (João 7.37-39).
ACEITE-O COMO UM DOM:
O Espírito Santo já foi dado. Foi dado à Igreja no dia de pentecostes.
Porque é um dom, você não pode fazer nada para ganhá-lo:
“… E recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38).
“Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?... Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?... Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido”(Gálatas 3.2, 5, 14).
Comece a louvar e dar graças a Deus pelo dom do Espírito Santo.
ADORE A DEUS:
Renda sua língua a Deus em louvor e adoração. Enquanto você louva de forma audível você pode experimentar primeiro os lábios gaguejantes. Enquanto você continua rendendo sua língua ao Espírito Santo, Ele falará através de você palavras estranhas a sua compreensão. Este é o sinal físico conformando o batismo no Espírito Santo:
“Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo” (Isaías 28.11).
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2.4).
PEÇA ORAÇÕES A OUTROS CRENTES:
O Espírito Santo pode ser recebido através da imposição de mãos (Atos 8, 9, 19) ou sem a imposição de mãos (Atos 2, 4, 10). Estude estes capítulos que mostram como os crentes cheios do Espírito podem ajudar-lhe a experimentar o batismo no Espírito Santo.
A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA
O batismo no Espírito Santo é importante porque lhe permite que você se torne uma testemunha poderosa da mensagem do Evangelho:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
O Espírito Santo também dá dons espirituais especiais e desenvolve o fruto espiritual em sua vida. Estes dons e o fruto são o assunto dos capítulos restantes deste estudo.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. Dê seis diretrizes para receber o batismo no Espírito Santo.
_____________________ ____________________ ___________________
_____________________ ____________________ ___________________
3. Qual é o sinal físico exterior do batismo no Espírito Santo?
________________________________________
4. Qual é a verdadeira evidência do batismo no Espírito Santo? Dê uma referência bíblica para apoiar sua resposta.
________________________________________
5. Quais são as quatro objeções principais que algumas pessoas tem para com o sinal de “outras línguas”?
________________________________________
________________________________________
________________________________________
6. Qualquer uma destas objeções é válida à luz da Escritura? ____________________
7. Qual é o significado da palavra “batizar”?
________________________________________
8. Liste três referências da Bíblia onde se nos diz o que aconteceu quando as pessoas receberam o batismo no Espírito Santo.
________________________________________
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. O Espírito Santo é mencionado 85 vezes no Antigo Testamento. Enquanto você lê o Antigo Testamento circule cada menção ao Espírito Santo. Este estudo lhe ajudará a entender Seu ministério antes dos tempos do Novo Testamento. Se você completou a tarefa semelhante para o Novo Testamento, a qual foi dada no Capítulo dois, você terá um estudo completo do Espírito Santo marcado diretamente em sua própria Bíblia.
2. O dom do Espírito Santo foi dado como um cumprimento de promessas que foram dadas desde os tempos do Antigo Testamento. Estude estas promessas sobre o Espírito Santo:
Antigo Testamento:
Isaías 28:11-12
Joel 2:28-29
Isaías 44:3
Novo Testamento:
João 7:38-39; 14:16-18; 15:26; 16:7-11
Atos 1:4, 5, 8; 2:38-39
Gálatas 3:14
Lucas 24:49
3. Você tem experimentado o batismo do Espírito Santo? Se não, siga as diretrizes cedidas neste capítulo para recebê-lo.
4. Reveja os propósitos para as línguas que foram discutidos neste capítulo. Quais destes propósitos você tem testemunhado no uso de outras línguas?
5. Reveja as objeções ao falar em línguas que foram discutidas neste capítulo. Pense sobre como você responderá na próxima vez que você ouvir uma destas objeções.
Capítulo Cinco
INTRODUÇÃO AOS DONS DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Definir os dons espirituais.
n Identificar a fonte destes dons.
n Distinguir entre os dons espirituais e os talentos naturais.
n Explicar os objetivos para os dons espirituais.
n Explicar os objetivos dos dons espirituais.
n Explicar como estes dons são distribuídos.
n Identificar os abusos dos dons espirituais.
n Identificar a chave para usar os dons espirituais.
n Distinguir entre os verdadeiros e falsos [falsificados] dons espirituais.
VERSÍCULO-CHAVE:
“A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Coríntios 12.1).
INTRODUÇÃO
Jesus deixou Seus seguidores com a responsabilidade de estender a mensagem do Evangelho até os confins da terra.
O poder do Espírito Santo lhes ajudaria a cumprir esta tarefa:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Jesus não deixou Seus seguidores com tão grande responsabilidade sem dar-lhes a habilidade de cumprir o desafio. Os dons espirituais são habilidades sobrenaturais dadas pelo Espírito Santo para autorizar aos crentes para serem eficazes testemunhas do Evangelho.
O assunto dos dons espirituais foi ensinado por Paulo na Igreja Primitiva. Ele disse:
“A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Coríntios 12.1).
Este capítulo introduz o assunto dos dons espirituais. Os capítulos seguintes tratarão com os vários dons espirituais disponíveis aos crentes. Também se darão diretrizes para ajudar-lhe a descobrir seu próprio dom espiritual.
QUAIS SÃO OS DONS ESPIRITUAIS?
A palavra “espiritual” significa caracterizado ou controlado pelo Espírito Santo. Um “dom” é algo dado livremente por uma pessoa à outra. Um dom espiritual é uma habilidade sobrenatural dada pelo Espírito Santo a um crente para ele ministrar como parte do corpo de Cristo.
Há uma diferença entre o “dom” do Espírito Santo e os “dons” do Espírito Santo. O “dom” do Espírito Santo ocorreu no Dia de Pentecostes (Atos 2) quando o Espírito Santo veio em resposta à promessa de Jesus:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (João 14.16-17).
O “dom” do Espírito Santo já foi dado em resposta a esta promessa. Os “dons” do Espírito Santo são as habilidades sobrenaturais que o Espírito Santo dá aos crentes para habilitar o ministério eficaz.
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16.20).
DONS E TALENTOS
Há uma diferença entre os dons espirituais e os talentos naturais. Um talento é uma habilidade natural herdade pelo nascimento ou desenvolvida através de treinamento. Um dom espiritual é uma habilidade sobrenatural que não veio de nenhuma herança ou treinamento. É uma habilidade especial dada pelo Espírito Santo para ser usada com propósitos espirituais específicos.
É possível que um talento natural possa ser sancionado [aceito e abençoado] pelo Espírito Santo depois que alguém se torna crente. Quando isto ocorre, então, o talento se torna um dom assim como um talento. Por exemplo, uma pessoa pode ter o talento natural de administração devido ao treinamento que ela tem recebido. Depois do batismo no Espírito Santo este talento natural pode ser sancionado pelo Espírito Santo e pode ser usado no dom espiritual de administração.
Os poderes espirituais proporcionam capacidades espirituais maior que os talentos naturais mais finos. Ainda que nós devamos usar todos os nossos talentos naturais na obra do Senhor, nós ainda precisamos dos espirituais.
OS PROPÓSITOS DOS DONS
Os propósitos dos dons do Espírito Santo são listados em Efésios 4.12-15:
“Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.12-15).
Segundo esta passagem, os propósitos do Espírito Santo para:
n Capacitar os santos.
n Promover a obra do ministério.
n Edificar o Corpo de Cristo.
Os objetivos ou metas dos dons espirituais são para que nós:
n Sejamos unidos na fé.
n Desenvolvamos nosso conhecimento de Cristo.
n Desenvolvamos em perfeição, como Cristo como nosso modelo.
n Sejamos estáveis, não enganados pelas doutrinas falsas.
A TRINDADE E OS DONS
Você aprendeu antes que o Espírito Santo é parte da trindade de Deus. Todas as três pessoas da trindade estão envolvidas em capacitar aos crentes com os dons espirituais:
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (1 Co 12.4-6).
O Espírito Santo, Deus, e o Senhor [Jesus Cristo] são todos mencionados nesta passagem. Seu envolvimento é mostrado nos dons espirituais do gráfico que segue:
Versículo Quatro |
Versículo Cinco |
Versículo Seis |
Espírito |
Senhor |
Deus |
Diversidade de dons |
Diversidade de ministérios |
Diversidade de realizações |
(Dons diferentes) |
(Ministérios Diferentes) |
(Maneiras diferentes de usá-los). |
ARMAS ESPIRITUAIS
Os dons do Espírito também são dados à Igreja como armas de guerra espiritual para conquistar as forças espirituais de Satanás:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12).
Desde que a batalha na qual os crentes estão comprometidos é espiritual, então devem ser usadas armas espirituais em lugar de naturais. Os crentes às vezes entram na guerra espiritual sem o conhecimento destas armas.
Se você vai batalhar sem suas armas, você não pode esperar ganhar a luta. Pos isso é importante entender os dons espirituais. Eles são parte das armas espirituais que Deus lhe proporcionou.
A DISTRIBUIÇÃO DOS DONS
Cada crente tem pelo menos um dom espiritual:
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.10).
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1 Coríntios 12.7, 11).
Por que cada crente tem pelo menos um dom espiritual, cada um de nós tem uma responsabilidade para descobrir e usá-lo.
Você não será julgado por quantos dons espirituais você tem. Você será julgado pela sua fidelidade para usar o dom espiritual ou dons que você tem recebido. A parábola dos talentos em Mateus 25.14-30 confirma esta verdade.
Há muitos dons espirituais, porém nenhum crente tem todos os dons do Espírito Santo:
“Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos?” (1 Coríntios 12.29-30).
Uma pessoa pode ter mais de um dom, porém ninguém tem todos os dons do Espírito. Se fosse assim, então ele não teria nenhuma necessidade de outros no corpo de Cristo.
O ABUSO DE DONS
Um dom espiritual de Deus pode ser abusado. “Abusar” de um dom significa não usá-lo apropriadamente. Você pode abusar dos dons espirituais por:
NÃO USAR OS DONS DADOS A VOCÊ:
O apóstolo Paulo disse a Timóteo:
“Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério” (1 Timóteo 4.14).
“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos” (2 Timóteo 1.6).
TENTAR USAR OS DONS NÃO DADOS A VOCÊ:
Enquanto ministrando em Samaria, Pedro e João se encontraram com um homem chamado Simão que quis ter os dons poderosos que ele viu sendo demonstrados. Simão ofereceu dinheiro para obter estas habilidades. Pedro disse:
“Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus” (Atos 8.20-21).
Os dons espirituais vieram do Espírito Santo. Eles não podem ser obtidos por qualquer outro método. Você não pode decidir que simplesmente deseja ter ou usar um certo dom espiritual. O Espírito Santo deve dá-lo a você.
Em outra ocasião, sete filhos do sumo sacerdote viram os milagres do Apóstolo Paulo e tentaram usar este dom para expulsar espíritos malignos:
“Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19.15-16).
Pode ser perigoso tentar operar um dom sem o Espírito Santo ungindo.
NÃO USAR OS DONS ADEQUADAMENTE:
Em 1 Coríntios 12 a 14 Paulo trata com o uso apropriado dos dons espirituais. Para resumir o ensinamento destes capítulos ele declara:
“Porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos... Tudo, porém, seja feito com decência e ordem” (1 Co 14.33, 40).
Deus não é o autor da confusão. Onde há confusão os dons não estão sendo usados corretamente.
Os dons espirituais também podem ser usados inadequadamente quando você manipula as pessoas, ou deseja obter bens, ou os utiliza para sua própria satisfação egoísta em lugar de ser um ministério aos outros.
As diretrizes para o uso dos dons que Paulo dá em 1 Coríntios 12 a 14 impedem a confusão. Você terá uma oportunidade de estudar estes na seção “Para Estudo Adicional” desta lição.
GLORIFICAR SEU DOM:
Quando você “glorifica” seu dom, você o considera mais especial que os outros dons. Você começa a ver o dom como maior que o doador.
MUITOS DONS DE UMA MESMA FONTE
A Bíblia indica que há muitos dons que vem de uma mesma fonte. A fonte dos dons espirituais é o Espírito Santo. Ele dá e opera estes dons nas vidas dos crentes:
“Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1 Coríntios 12.4-7).
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria” (Romanos 12.6-8).
Há uma fonte de dons espirituais, porém já muitos dons diferentes. Nenhum dom é mais importante que outro. Sua posição no corpo de Cristo é comparada às partes de um corpo humano. Assim como no corpo humano onde as partes menores como o olho, têm funções importantes, o dom aparentemente “pequeno” é freqüentemente bastante importante para o funcionamento da igreja. Alguns dons envolvem responsabilidades maiores, porém nenhum dom é mais importante que outros.
Algumas partes do corpo humano têm responsabilidades maiores que outras. Por exemplo, o olho lhe permite ver o que está ao seu redor. Ele o guia no caminhar. Ele permite que você leia, veja e desfrute das criações de Deus. O olho tem uma grande responsabilidade, porém ele não é mais importante que o dedão do pé que mantém o equilíbrio ao caminhar. A direção do olho para caminhar é inútil se você não tem nenhum pé com o qual caminhar. A função do olho para permitir a leitura é inútil se você não tem nenhum cérebro para entender o que você leu.
Às vezes, um mau entendimento se levanta na igreja quando os crentes não reconhecem os dons espirituais dos outros. Por exemplo, uma pessoa pode ter o dom de dar e não entender por que outro crente não dá tão liberalmente. Ou alguém pode ter o dom de administração e se tornar impaciente com as pessoas que são menos organizadas.
Cada crente deve usar seus dons espirituais para trabalhar junto com os outros crentes que têm dons diferentes. Quando isto ocorre, a Igreja funciona eficazmente como o corpo de Cristo.
MORDOMOS DOS DONS
Você é mordomo dos dons espirituais. Um mordomo é alguém que não é o dono daquilo com o qual trabalha. Ele usa algo dado a ele por outra pessoa. Ele usa-o em nome da pessoa que deu autoridade para ele. Você é um mordomo para Jesus Cristo:
“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Coríntios 4.1).
Parte dos “mistérios” dos quais você é mordomo diz respeito aos dons espirituais. Eles são dados a você pelo Espírito Santo para ministrar eficazmente para Jesus:
“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.10).
Como um mordomo, você será julgado com base em sua fidelidade em usar os dons que você tem recebido:
“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (1 Coríntios 4.2).
OS DONS DO ESPÍRITO
As passagens principais que identificam os dons espirituais são listadas abaixo. Leia-as antes de estudar os capítulos seguintes. Estes versículos introduzem os vários dons:
n Romanos 12:1-8
n 1 Coríntios 12:1-31
n Efésios 4:1-16
n 1 Pedro 4:7-11
Lembre-se que estes dons são habilidades especiais de Deus para ministrar de maneiras diferentes. Embora possa haver algumas evidências destes em toda nossa vida, isso não significa necessariamente que nós temos um certo dom.
Por exemplo, todos os crentes devem contribuir com a obra do Senhor com os dízimos e ofertas. Porém o dom de dar (contribuição) é uma generosidade especial incitada pelo Espírito de Deus. Segundo a Palavra de Deus, todos os crentes têm uma medida de fé. Porém, o dom da fé é uma habilidade especial de crer que vai além do cristão comum.
OS DONS SÃO PARA HOJE?
Algumas pessoas reivindicam que nem todos os dons espirituais listados na Bíblia são para a igreja hoje. Eles crêem que alguns dons, como a profecia, as línguas, os milagres, etc., eram apenas para a Igreja Primitiva. Estas pessoas dizem que depois que a igreja foi estabelecido e o Novo Testamento escrito, alguns dons espirituais já não eram mais necessários. Eles usam freqüentemente 1 Coríntios 13.10 para explicar sua crença:
“Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13.10).
Elas dizem que quando a revelação perfeita da Palavra de Deus foi escrita, não houve mais nenhuma necessidade para línguas, interpretação e profecia. Elas dizem que uma vez que a Igreja foi estabelecida não havia mais necessidade de sinais e milagres para confirmação.
O que elas não percebem é que o conhecimento também é mencionado na mesma passagem como algo que “passará”:
“O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará” (1 Coríntios 13.8).
Se nós usamos este versículo para dizer que já não se necessitam mais das línguas, interpretação e profecia, então nós também devemos dizer que o conhecimento já não é mais necessário também.
Esta passagem realmente se refere a um tempo futuro quando o “Reino perfeito” de Deus será estabelecido na terra. Subseqüentemente quando o que é perfeito vier, nós não teremos nenhuma necessidade de qualquer um dos dons espirituais, porque...
“Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Apocalipse 21.3).
Nós não teremos nenhuma necessidade de mensagens através da profecia, línguas, ou interpretação, porque nós estaremos morando com o Deus que inspira tais mensagens. Nós não teremos nenhuma necessidade da palavra de sabedoria ou conhecimento, porque nós estaremos vivendo com a fonte de todo conhecimento. Nós não necessitamos de discernimento de espíritos, pois...
“Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Apocalipse 21.27).
Não haverá necessidade dos dons de curar, pois…
“No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos” (Apocalipse 22.2).
Também relembre os propósitos e objetivos dos dons espirituais dados em Efésios 4.12-15. Os propósitos são para:
n Capacitar ou aperfeiçoar os santos.
n Promover a obra do ministério.
n Edificar o Corpo de Cristo.
Os propósitos para os quais os dons foram dados ainda permanecem. Os santos ainda necessitam ser aperfeiçoados e o ministério ainda necessita ser promovido até os confins da terra e Cristo e a Igreja precisam ser edificados.
Os objetivos que nós queremos são:
n Sejamos unidos na fé.
n Desenvolvamos nosso conhecimento de Cristo.
n Desenvolvamos na perfeição, com Cristo como nosso modelo.
n Sejamos estáveis, não enganados pelas doutrinas falsas.
n Espiritualmente maduros em Cristo.
Deus não daria os dons espirituais para estes propósitos e objetivos e depois os tiraria sem que estas coisas estivem cumpridas.
n Todos os crentes estão unidos na fé?
n Todos temos nos desenvolvimento totalmente no conhecimento de Cristo?
n Todos nós estamos capacitados?
n Nossos membros da igreja são estáveis e não são enganados pelas falsas doutrinas?
n Todos os membros da Igreja são espiritualmente maduros?
A resposta a todas estas perguntas é “não”. Estes objetivos não se cumpriram ainda. Por esta razão nós sabemos que todos os dons espirituais ainda são para hoje. Deus deu os dons espirituais para alcançar certos propósitos na Igreja. Ele não retirará nenhum destes dons sem que estes propósitos estejam cumpridos. A Bíblia também diz que os “dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11.29). Isto significa que Deus não mudará Sua mente e devolverá um dom espiritual ou chamado que Ele tem dado.
A CHAVE PARA USAR OS DONS
Em 1 Coríntios 13 o Apóstolo Paulo dá a chave para usar os dons do Espírito Santo. Ele introduziu o assunto em 1 Coríntios 12.31. Ele listou alguns dos dons do Espírito Santo e então disse...
“Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” (1 Coríntios 12.31).
1 Coríntios capítulo 13 explica qual é “o caminho” mais excelente. Leia o capítulo inteiro em sua Bíblia.
Este capítulo dá a chave para usar os dons espirituais. Essa chave é o amor. Você pode profetizar, ter os dons de curar, a fé, contribuição, etc., porém, sem o amor para usar estes dons, eles não serão eficazes.
Os dons são improdutivos quando usados sem o amor. Falar em línguas se torna como um ressoar barulhento.
Cada dom é sem valor, “de nada serve”, a menos que seja usado em amor. O amor é o “caminho” mais excelente nos quais os dons devem ser usados. Os dons se tornam uma via através da qual o amor de Deus pode fluir àqueles ao nosso redor. O amor é a chave para usar os dons espirituais eficazmente.
UMA ADVERTÊNCIA: A FALSIFICAÇÃO DE SATANÁS
Satanás falsifica os dons do Espírito Santo. Uma falsificação é algo que imita algo real, porém não é genuíno. Satanás é um enganador. A Bíblia diz inclusive que ele às vezes aparece como um anjo (2 Coríntios 11.14). Nos últimos dias, haverá inclusive uma falsificação satânica de Cristo chamada de anticristo (1 João 2.18, 22).
Muita falsificação dos dons é cumprida através do sobrenatural. Por exemplo, a palavra de conhecimento é falsificada por bruxas que pretendem predizer o futuro e o desconhecido. Uma bruxa é uma pessoa que busca saber as coisas e realizar atos através das fontes sobrenaturais que não são de Deus. Sua fonte é Satanás. A falsificação do dom de discernir espíritos se faz pela leitura da mente.
Até mesmo os milagres são falsificados por Satanás (Êxodo 7) e se realizará pelo anticristo (Apocalipse 13.14). A Bíblia também fala de profetas falsos (Atos 13.6-12). A pergunta é: como você distingue a falsificação do verdadeiro?
A falsificação não cumpre os propósitos bíblicos dos dons do Espírito Santo. Leia Efésios 4.12-15 de novo. Qualquer verdadeiro dom do Espírito Santo alcançará estes propósitos e objetivos espirituais.
Os falsos dons não estão de acordo com o que a Bíblia ensina sobre Jesus. Quando qualquer um ministra um dom, o que eles dizem sobre Jesus? Está de acordo com a Palavra escrita de Deus?
“Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado...” (2 Coríntios 11.4-5).
Você também pode reconhecer os falsificadores por suas características pessoais. Estes são listados em 2 Pedro 2 e no livro de Judas. Estude estes capítulos na sua Bíblia para ajudar-lhe a distinguir o real da falsificação.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. Qual é a diferença entre os dons espirituais e os talentos naturais?
________________________________________
3. Liste os três propósitos para os dons espirituais:
________________________________________
4. Liste cinco objetivos para os dons espirituais:
________________________________________
5. Todos temos pelo menos um dom espiritual? Dê pelo menos uma referência bíblica para apoiar sua resposta.
________________________________________
6. Liste quatro abusos de dons espirituais:
________________________________________
7. Quem é a fonte dos dons espirituais? _____________________________________
8. Qual é a chave para usar seu dom espiritual? ______________________________
9. Como você pode distinguir os dons reais do Espírito Santo da falsificação de Satanás?
________________________________________
10. Quais são os dons espirituais?
________________________________________
11. Todos os dons espirituais são para hoje, ou alguns eram somente para a Igreja Primitiva? Explique sua resposta.
________________________________________
12. Qual é a diferença entre os dons “espirituais” e o “dom” do Espírito Santo?
________________________________________
13. Leia cada declaração. Se a declaração for VERDADEIRA escreva um V. Se a declaração for FALSA escreva um F no espaço em branco diante dela.
a. _____ Os talentos humanos são dons espirituais.
b. _____ Você já nasce com dons espirituais.
c. _____ Deus dá os dons espirituais sobretudo para seu próprio prazer.
d. _____ Desde que a igreja já se estabeleceu firmemente, os sinais sobrenaturais do poder de Deus não são mais para hoje.
e. _____ “O que é perfeito” já está aqui e não necessitamos mais de línguas, interpretação e profecia.
f. _____ Nenhum cristão tem todos os dons.
g. _____ Nós não podemos escolher nossos dons.
h. _____ Nós teremos que dar conta a Deus da maneira pela qual nós usamos nossos dons.
i. _____ Dons usados sem amor não são eficazes.
(As respostas se encontram ao final do último capítulo deste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Estude 2 Pedro 2 e o livro de Judas. Lista as características pessoais dos “falsos profetas” e de “certos homens que têm entrado dissimuladamente”. Estas são pessoas que são falsas. Elas não são verdadeiros crentes e usam dons falsos para enganar o povo de Deus.
2. Os talentos naturais podem ser usados por Deus assim como os dons espirituais. Busque os seguintes versículos. Liste os nomes dos indivíduos e seu talento natural:
TALENTOS NATURAIS
Referências Nome Talento
Gênesis 4:20 ____________________ ____________________
Gênesis 4:2 ____________________ ____________________
Gênesis 4:21 ____________________ ____________________
Gênesis 4:22 ____________________ ____________________
Gênesis 25:27 ____________________ ____________________
3. Estude as seguintes referências e complete as frases.
É importante saber sobre os dons espirituais porque:
a. Nós somos ____________________ a Deus por seu uso. Nós somos um ____________________________ (1 Pedro 4:10; 1 Coríntios 4:1-2; Mateus 25:14-30).
b. Nós devemos estar ___________________ deles e _____________________ (1 Timóteo 4:14; 1 Coríntios 12:1).
4. 1 Coríntios 13 lista muitas qualidades do amor. Escreva o número do versículo que menciona cada qualidade nos espaços em branco proporcionados. O primeiro está feito como um exemplo para você seguir:
_____ Paciente
_____ Benigno
_____ Não arde em ciúmes
_____ Não se ufana
_____ Não se ensoberbece
_____ Não se conduz inconvenientemente
_____ Não procura os seus interesses
_____ Não se exaspera
_____ Não se ressente do mal
_____ Não se alegra com a injustiça
_____ Regozija-se com a verdade
_____ Tudo sofre
_____ Tudo crê
_____ Tudo espera
_____ Tudo suporta
Cite o nome de alguém que você tem dificuldade de amar. Examine as qualidades listadas anteriormente.
Liste as qualidades específicas do amor que você necessitará para amar a esta pessoa.
Eu tenho dificuldade em amar ___________________________.
Eu precisarei das seguintes qualidades específicas para amá-lo(a):
________________________________________
________________________________________
________________________________________
5. use o esboço que segue para estudar o uso apropriado dos dons como discutido por Paulo em 1 Coríntios 12 a 14.
I. Você deve ter conhecimento dos dons espirituais: 1 Coríntios 12.1.
II. Há muitos dons, porém todos eles vêm do mesmo Espírito: A Trindade de Deus está em operação em todos os dons. 1 Coríntios 12.4-11.
III. Nós devemos funcionar como um corpo usando os dons espirituais: cada parte deve estar em harmonia com outras partes. 1 Coríntios 12.12-31.
A. Não deve haver nenhuma divisão [cisma] no corpo. Nós devemos todos cuidar uns dos outros: 1 Coríntios 12.25-26.
B. Deus põe os dons espirituais em ordem na igreja: 1 Coríntios 12.28.
C. Nem todos nós temos os mesmos dons: 1 Coríntios 12.28-30.
D. Nós devemos desejar os dons espirituais: 1 Coríntios 12.31; 14.1.
E. O amor é a chave para usar todos os dons: 1 Coríntios 13.
F. Os dons devem edificar a igreja: 1 Coríntios 14.12.
IV. Se você tem o dom de línguas você também deve orar para o dom de interpretação: 1 Coríntios 14.1-13.
A. Louvar no Espírito sem entender e louvor com entendimento são duas partes da adoração: 1 Coríntios 14.14-15.
B. O que fala palavras que outros entendem são importantes quando há incrédulos presentes: 1 Coríntios 14.16-19.
C. As línguas são um sinal àqueles que não crêem: 1 Coríntios 14.22-25.
D. Profetizar beneficia aqueles que crêem: 1 Coríntios 14.22-25.
V. Todas as coisas devem ser feitas de uma maneira ordenada durante os cultos de adoração da igreja. Não se devem usar as línguas a menos que haja alguém presente com o dom de interpretação: 1 Coríntios 14.26-31.
A. Você não perde o controle quando o Espírito Santo ministra através de você. Você tem o controle para usar os dons apropriadamente: 1 Coríntios 14.32.
B. Confusão não é de Deus: 1 Coríntios 14.33.
VI. Você não deve proibir o falar em línguas e você deve deseja profetizar: 1 Coríntios 14.39.
VII. Questionamentos não devem ser parte do culto de adoração: 1 Coríntios 14.34-35, 37-38.
VIII. A diretriz principal para o uso apropriado dos dons: que todas as coisas sejam feitas com decência e ordem: 1 Coríntios 14.40.
Capítulo Seis
DONS ESPECIAIS DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Cite quatro divisões de dons espirituais usados neste estudo.
n Identifique os dons especiais do Espírito Santo.
n Explique a diferença entre o dom especial de ser um profeta e o dom de profecia.
n Explicar a diferença entre o dom especial de ser mestre e o dom de ensino.
VERSÍCULO-CHAVE:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Antes de estudar este capítulo leia as passagens da Bíblia abaixo. Estas referências listam os dons do Espírito Santo:
n Romanos 12.1-8
n 1 Coríntios 12.1-31
n Efésios 4.1-16
n 1 Pedro 4.7-11
Vá ao apêndice deste manual. Leia estas mesmas passagens como são traduzidas na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, se você tem esta versão. Para os propósitos deste estudo nós temos dividido os dons em quatro categorias principais:
n Dons especiais
n Dons de fala
n Dons de serviço
n Dons de sinais
A Bíblia não faz tal divisão dos dons. Nós temos feito para ajudá-lo a relembrar os vários dons mais facilmente. Este capítulo discute os dons especiais. Os capítulos seguintes explicam os dons de fala, serviço e de sinais.
O capítulo anterior explicou a unidade e a diversidade dos dons espirituais. Ainda que haja muitos dons espirituais, eles todos vêm de uma só fonte. Essa fonte é o Espírito Santo. Deus tem um lugar específico na igreja para cada crente:
“Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (1 Coríntios 12.18).
Cada membro tem um lugar que Deus tem escolhido para ele. Ele é equipado para cumprir seu propósito especial na igreja através dos dons do Espírito Santo.
Quando cada crente está preenchendo o lugar que Deus tem escolhido para ele e usando seu dom espiritual, a igreja opera facilmente. Deus o compara ao funcionamento do corpo humano no qual cada membro - desde o olho ao dedo do pé - conhece e realiza sua função (1 Coríntios 12.1-31).
Relembre, enquanto você estuda estes dons espirituais, que cada um é igualmente importante no corpo de Cristo assim como cada membro do corpo humano é importante:
“Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários” (1 Coríntios 12.21-22).
Enquanto você estuda os dons espirituais, também se lembre que eles não são habilidades naturais. Eles são habilidades do Espírito Santo para equipar os crentes para o serviço cristão.
(Nota: Neste e nos próximos três capítulos se dão sugestões “Para o Estudo Adicional” conforme discutimos cada dom espiritual. Isto é feito para permitir-lhe completar seu estudo de cada dom antes de seguir ao próximo).
OS DONS ESPECIAIS
O primeiro grupo de dons espirituais é o que nós chamaremos de “dons especiais”. Nós usamos este título para estes dons porque cada um é uma posição de liderança especial na igreja:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Estas posições de liderança às vezes são chamadas de “ofícios” na igreja. “Ofício” significa um lugar de responsabilidade e dever. Os dons de liderança especiais são:
n Apóstolos
n Profetas
n Evangelistas
n Pastores
n Mestres
APÓSTOLOS
“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos...” (1 Coríntios 12.28).
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Um apóstolo é alguém que tem uma habilidade especial para desenvolver novas igrejas em lugares e culturas diferentes e supervisionar várias igrejas. “Apóstolo” significa “um delegado, alguém enviado com pleno poder e autoridade para atuar por outrem”. O apóstolo tem uma autoridade ou habilidade especial para estender o Evangelho por todo o mundo desenvolvendo grupos organizados de cristãos. Termos modernos usados pela igreja para apóstolos são “missionários” e “plantadores de igrejas”.
A Bíblia fala de três categorias diferentes de apóstolos. Jesus Cristo é chamado de apóstolo:
“Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus” (Hebreus 3.1).
Os doze discípulos de Jesus foram chamados de apóstolos:
“Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão” (Mateus 10.2).
Os doze apóstolos tinham uma função especial. Eles eram parte do fundamento da Igreja. Enquanto eles tinham uma função que nenhum outro crente jamais terá, há também um dom apostólico geral do Espírito Santo:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos...” (Efésios 4.11).
Segundo esta passagem, Deus é quem seleciona os apóstolos. Paulo confirma isto de novo:
“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos...” (1 Coríntios 12.28).
A Bíblia fala de sinais especiais que confirmam que uma pessoa tem o dom de ser um apóstolo:
“Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Coríntios 12.12).
“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido” (2 Coríntios 5.12).
A liderança especial de apóstolos sobre as igrejas é ilustrada no livro de Atos:
“Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão” (Atos 15.1-2).
“Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém. Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número” (Atos 16.4-5).
Os apóstolos estendem a mensagem do Evangelho levantando igrejas. Eles dão direção a estas igrejas e tem sinais espirituais especiais em seu ministério. O chamado e desejo de ser apóstolo vêm de Deus:
“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos” (Gálatas 1.1).
Este dom especial é normalmente reconhecido por uma igreja local que faz o envio do apóstolo a outros lugares:
“Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram” (Atos 13.1-3).
Um apóstolo deseja ministrar em lugares onde outros não têm trabalhado:
“Esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dele, e compreendê-lo os que nada tinham ouvido a seu respeito” (Romanos 15.20-21).
“A fim de anunciar o evangelho para além das vossas fronteiras, sem com isto nos gloriarmos de coisas já realizadas em campo alheio” (2 Coríntios 10.16).
O apóstolo está disposto a adaptar-se a outras culturas e estilos de vida para ganhar as pessoas para Cristo:
“Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (1 Coríntios 9.19-23).
O apóstolo desenvolve igrejas com liderança treinada que pode continuar sem ele:
“E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido” (Atos 14.21-23).
Este versículo revela que o acompanhamento ministerial e o levantamento de liderança qualificada para novas igrejas são responsabilidades de um apóstolo.
O selo, ou evidência, do dom apostólico é o resultado espiritual que ele traz às vidas de outros. Paulo escreveu à igreja em Corinto que ele havia organizado:
“... Vós sois o selo do meu apostolado no Senhor” (1 Coríntios 9.2b).
A habilidade de levantar comunidades de crentes e organizá-las em uma igreja é o selo do dom do apostolado.
A Bíblia adverte dos falsos apóstolos que são enganosos, porém podem ser reconhecidos por suas obras:
“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Coríntios 11.13-15).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
O Novo Testamento dá vários exemplos daqueles que tinham o dom apostólico. Use estas referências para estudo adicional:
n Paulo: Gálatas 1.1.
n Andrônico e Júnias: Romanos 16.7.
n Apolo: 1 Coríntios 4.6, 9.
n Tiago: Gálatas 1.9.
n Os apóstolos de Jesus: Evangelhos, Atos.
“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas...” (1 Coríntios 12.28).
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Há dois dons proféticos. Um é o dom especial de ser um profeta. O outro é o dom de fala da profecia. Em geral, a profecia se refere ao falar sob a inspiração especial de Deus. É a habilidade especial para receber e comunicar uma mensagem imediata de Deus a Seu povo através de um pronunciamento divinamente ungido. A este ponto, a definição se aplica ao dom de liderança especial de um profeta assim como ao dom de fala da profecia.
Porém, uma pessoa não é um profeta apenas porque ela profetiza. Paulo disse à igreja inteira para desejar o dom de profecia:
“Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis” (1 Coríntios 14.1).
“Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados” (1 Coríntios 14.31).
Porém, Paulo não indiciou que todos eram profetas. Ele perguntou:
“Porventura, são... todos profetas?” (1 Coríntios 12.29).
A diferença entre um profeta e alguém que profetiza está clara na seguinte passagem:
“No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam. Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo; e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios” (Atos 21.8-11).
As filhas de Felipe tinham o dom de fala da profecia. Porém, Ágabo era um profeta que não somente dava mensagens proféticas, mas também tinha uma posição de liderança na igreja. Deus o usou em um papel de liderança com respeito ao ministério de Paulo. Ágabo deu a Paulo direção espiritual com respeito ao que lhe aconteceria em Jerusalém (Atos 21.11).
Aqueles com o dom especial de profeta não apenas falam sob a inspiração de Deus. Eles também sustentam um ofício de autoridade e direção na igreja. Isto é confirmado em Atos 13.1-4 onde profetas e mestres foram usados em uma capacidade de liderança para guiar a Barnabé e Saulo ao ministério especial ao qual Deus os havia chamado.
No Antigo Testamento, as pessoas iam aos profetas para buscar direção. O dom do Espírito Santo não havia sido dado ainda. A presença de Deus estava fechada no Santo dos Santos. Devido à morte e ressurreição de Jesus, nós temos acesso agora à presença de Deus. O dom do Espírito Santo havia sido dado e, como você já sabe, um de Seus propósitos é a direção:
“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8.14).
Não há mais nenhuma exigência para ir a um profeta receber direção espiritual. Esta é uma das funções do Espírito Santo na vida do crente. Cada crente deve aprender a ser guiado pelo Espírito de Deus. O Novo Testamento não dá nenhum registro de crentes que buscam a direção dos profetas depois que o dom do Espírito Santo foi dado.
Porém, Deus ainda usa este dom para confirmar a direção que Ele já tem dado ao crente através do Espírito Santo. Isto é o que aconteceu no caso de Ágabo e Paulo. Paulo já sabia que ele deveria ir a Jerusalém. A profecia de Ágabo revelou o que aconteceria a ele naquela cidade. Não era uma profecia de direção dizendo a Paulo para ir ou não a Jerusalém.
As palavras faladas por um profeta sob inspiração divina são chamadas de “profecia”. Profetizar significa declarar as palavras de Deus claramente para exortar, edificar e consolar:
“Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando” (1 Coríntios 14.1).
A profecia não somente ministra aos crentes através da edificação, porém também ao não salvo. A profecia pode convencer aos incrédulos e pode levá-los a se converter ao Senhor:
“Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou indouto, é ele por todos convencido e por todos julgado; tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós” (1 Coríntios 14.24-25).
Um dos propósitos de um profeta é levar as pessoas ao arrependimento:
“Porém o SENHOR lhes enviou profetas para os reconduzir a si; estes profetas testemunharam contra eles, mas eles não deram ouvidos” (1 Crônicas 24.19).
A Bíblia se refere à profecia como um grande dom e como sendo mais desejável do que o dom de línguas:
“Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando” (1 Co 14.1-3).
“Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação” (1 Coríntios 14.5).
“Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas” (1 Coríntios 14.39).
O Espírito Santo sempre está no controle da verdadeira profecia e dirige a atenção para Cristo:
“A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo” (1 Coríntios 12.1-3).
A profecia nunca substituirá a Palavra escrita de Deus. A Bíblia diz que a profecia cessará, porém a Palavra de Deus permanece para sempre:
“O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará” (1 Coríntios 13.8).
“A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada” (1 Pedro 1.25).
A Bíblia adverte sobre os falsos profetas (Mateus 24.11, 24; Marcos 13.22). Uma pessoa chamada “falso profeta” será evidente nos eventos ao final do mundo (Apocalipse 13:11-17; 16:13; 19:20; 20:10).
Porque há falsos profetas, a Palavra de Deus proporciona várias maneiras de identificar as falsas das verdadeiras profecias. Você pode reconhecê-las por:
1. ERRO DOUTRINÁRIO:
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé” (Romanos 12.6).
A frase “a medida da fé” significa em relação correta com a fé. Uma maneira de reconhecer as verdadeiras profecias é ver se elas estão ou não de acordo com as doutrinas básicas da fé cristã reveladas na Bíblia. Por exemplo, os falsos profetas não confessam a divindade de Jesus:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1 João 4.1-3).
Os falsos profetas tentam levar as pessoas para fora da obediência à Palavra de Deus (Deuteronômio 13.1-5). Este tipo de profecia não está em relação correta com a fé cristã.
2. SINAIS ENGANOSOS:
Os falsos profetas enganam as pessoas com sinais milagrosos:
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24.11, 24).
3. FRUTO RUIM:
A evidência do fruto espiritual é a verdadeira prova de qualquer ministério:
“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mateus 7.15-16).
No Capítulo Onze você estudará o fruto do Espírito Santo. Estas são qualidades espirituais que um verdadeiro profeta terá.
4. REIVINDICAÇÕES FRAUDULENTAS:
Qualquer profeta que exige ser divino ou igual a Cristo é falso:
“Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24.23-24).
5. PROFECIAS NÃO CUMPRIDAS:
A prova final pela qual um verdadeiro profeta pode identificar-se é se o que ele tem profetizado se cumpre ou não:
“Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele” (Deuteronômio 18.20-22).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
A profecia pode vir de três fontes diferentes:
n O Espírito humano: Jeremias 23.16; Ezequiel 13.2, 3.
n Os espíritos malignos e mentirosos: Isaías 8.19-20; 1 Reis 22.22; Mateus 8.29; Atos 16.17.
n O Espírito Santo: 2 Samuel 23.2; Jeremias 1.9; Atos 19.6; 21.11.
É por isso que nós devemos julgar as profecias para determinar se elas são ou não do Espírito Santo.
A Bíblia dá muitos exemplos de profetas do Antigo e Novo Testamento para você estudar e aumentar sua compreensão dos profetas e do dom de profecia. Enquanto você estuda estas referências tente distinguir entre aqueles que tinham o dom especial de ser um profeta [liderança] daqueles que tinham simplesmente o dom de profecia.
Profetas do Antigo Testamento (homens):
n Abraão: Gênesis 20.7
n Moisés: Deuteronômio 34.9
n Habacuque: 1.1
n Isaías: 2 Reis 19.2
n Oséias: Mateus 21.15
n Efraim: Oséias 9.8
n Joel: Atos 2.16
n Jeremias: 1.5
n Gade: 1 Samuel 22.15
n Zacarias: 1.1
n Aías: 1 Reis 11.29
n Samuel: 1 Sm 3.20
n Jeú: 1 Rs 16.7
n Natã: 2 Sm 7.2
n Micaías: 1 Rs 22.7-8
n Jonas: 2 Rs 14.25
n Ido: 2 Cr 13.22
n Azur: Jr 28.1
n Ezequiel: 2.1-5
n Ananias: Jr 28.17
n Daniel: Mateus 24.15
n Balaão: 2 Pd 2.15-16
n Amós: Atos 7.42-43
n Semanas: 2 Cr 12.5
n Eliseu: 1 Rs 19.16
n Elias: 1 Rs 19.16
n Ageu: 1.1
n Davi: Atos 2.29-30
n Arão: Êxodo 7.1
n Azarias: 2 Cr 15.8
n Obede: 2 Cr 15.8
n Asafe: Salmos 78.2
Profetas do Antigo Testamento (mulheres):
n Miriã: Êxodo 15.20
n Débora: Juízes 4.4
n Hulda: 2 Rs 22.14
n Noadia: Neemias 6.14
n A esposa de Isaías: Isaías 8.3
Profetas do Novo Testamento (homens):
n Jesus: Mateus 21.11
n João, o Batista: Mateus 11.7-11
n Ágabo: Atos 11.27-28; 21.10
n Judas: Atos 15.32
n Silas: Atos 15.32
n Líderes de Antioquia: Atos 13.1
Profetas do Novo Testamento (mulheres):
n Ana: Lucas 2.36
Estude as diretrizes para usar a profecia quando a Igreja se reúne: 1 Coríntios 14:29-31.
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Um evangelista tem uma habilidade especial de compartilhar o evangelho de tal maneira com os não crentes que os homens e mulheres respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo. O significado da palavra “evangelista” é “alguém que traz boas notícias”.
A palavra evangelista ocorre três vezes no Novo Testamento. Em Efésios ele aparece como um dos dons especiais:
“E ele mesmo concedeu uns para... evangelistas...” (Efésios 4.11).
A Timóteo foi dito para fazer a obra de um evangelista:
“Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Timóteo 4.5).
Ainda que todos os crentes devam fazer “a obra de um evangelista” e compartilhar o evangelho com outros, Deus dá a alguns o dom especial de ser um evangelista. Felipe era alguém que tinha o dom espiritual de ser um evangelista:
“No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele” (Atos 21.8).
Felipe realmente é a única pessoa no Novo Testamento chamado a ser um evangelista. Este dom esteve em evidência desde cedo em sua experiência com Cristo. Quando Felipe se encontrou com Jesus a primeira coisa que ele fez foi compartilhar as notícias com Natanael:
“Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê” (João 1.45-46).
Depois Felipe dirigiu os gregos espiritualmente famintos a Jesus:
“Estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus” (João 12.21-22).
Felipe foi escolhido como um discípulo (Mateus 10.3) e estava no cenáculo quando o Espírito Santo veio (Atos 1.13). Felipe foi ordenado pelos homens como um diácono na igreja (Atos 6.1-6), porém foi estabelecido por Deus como um evangelista (Efésios 4.11-12).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
O estudo adicional do ministério de Felipe ampliará seu conhecimento do dom especial de ser um evangelista:
n Sua mensagem: Atos 8.35.
n Libertação, milagres e curas: Atos 8.5-8.
n Batizando: Atos 8.12, 36-38.
n Pregando [o reino de Deus]: Atos 8.12.
n Sua casa foi estabelecida em ordem: Atos 21.8-9.
n Viajando para espalhar o evangelho: Atos 8.4-5, 26, 40.
n A habilidade de persuadir os grupos: Atos 8.6.
n Agitou cidades inteiras: Atos 8.8.
n Ministrou aos indivíduos: Atos 8.27-38.
n Guiado por Deus: Atos 8.26, 39.
n O conhecimento da Palavra de Deus: Atos 8.30-35.
n Conhecido pela efetividade do ministério e contestação das pessoas: Atos 8:5-6,8,12,35-39
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11).
Este é o único lugar do Novo Testamento na versão da Bíblia inglesa King James onde o vocábulo “pastor” é usado. A palavra grega para “pastor” realmente significa um “pastor de ovelhas” (O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego). Pastores são líderes que assumem a responsabilidade pessoal pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes. Visto que o vocábulo pastor significa pastor de ovelhas, os pastores devem seguir o exemplo estabelecido por Jesus como pastor de ovelhas, ou seja, pastor de “ovelhas humanas”:
“Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança” (Hebreus 13.20).
“Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma” (1 Pedro 2.25).
Jesus também se referiu a Ele como o bom pastor de ovelhas e listou algumas das funções de um pastor de ovelhas em João 10.1-18.
A Bíblia menciona o ofício de um bispo (1 Timóteo 3). Muitos crêem que este é igual a um pastor devido ao seguinte versículo que fala de Jesus:
“Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma” (1 Pedro 2.25).
Os requisitos espirituais para bispos, anciãos e diáconos eram posições de liderança na igreja primitiva e devem também, certamente, serem cumpridas por alguém que guiaria estas pessoas como um pastor. Estude sobre isso em 1 Timóteo 3.1-13.
As responsabilidades de um pastor são alimentar e proteger espiritualmente aqueles sob seu ministério. Isto deverá ser feito com um motivo apropriado e não por lucro financeiro:
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).
“Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (1 Pedro 5.2-4).
A palavra “pastor” é usada somente uma vez no Antigo Testamento no livro de Jeremias. Aqui, Deus dá advertências especiais aos pastores:
“Os sacerdotes não disseram: Onde está o SENHOR? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito” (Jeremias 2.8).
“Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao SENHOR; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos” (Jeremias 10.21).
“Muitos pastores destruíram a minha vinha e pisaram o meu quinhão; a porção que era o meu prazer, tornaram-na em deserto” (Jeremias 12.10).
“Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! -diz o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o SENHOR” (Jeremias 23.1-2).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude os requisitos para ser bispo ou diácono na igreja em 1 Timóteo 3.1-13. Estes também se aplicam a alguém que serve como um pastor. Estude as características de Jesus como o Bom Pastor em João 10.1-18.
“E ele mesmo concedeu uns para... mestres” (Efésios 4.11).
Mestres são crentes que têm a habilidade especial de comunicar a Palavra de Deus eficazmente de uma maneira tal que outros aprendem e aplicam o que se ensina. Ensinar envolve treinamento, não simplesmente comunicar informações. A Bíblia registra:
“E ele mesmo concedeu uns para... mestres” (Efésios 4.11).
“A uns estabeleceu Deus na igreja... em terceiro lugar, mestres” (1 Coríntios 12.28).
“Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo” (Romanos 12.7).
Nem todos os crentes recebem o dom especial de ensino. Paulo perguntou:
“Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres?” (1 Coríntios 12.29).
Sua resposta a esta pergunta foi “não”. Deus dá a alguns, não a todos, o dom especial de ensinar.
O dom especial de ser um mestre difere do dom de fala do ensino assim como ser um profeta difere do dom de fala da profecia. Você recordará que em Atos 13.1-4 nos temos os mestres em uma posição especial de liderança [junto com os profetas] guiando o ministério de Paulo e Barnabé.
Nem todos os crentes têm o dom especial de mestre ou o dom de fala de ensinar. Porém, todos os crentes devem estar envolvidos em ensinar a mensagem básica do Evangelho:
“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido” (Hebreus 5.12).
Todos os crentes maduros devem estar envolvidos ensinando o Evangelho quer eles tenham ou não o dom especial de ensinar. (Devido a isto, o Instituto Internacional Tempo de Colheita oferece um curso intitulado “Táticas de Ensino” para proporcionar instrução adicional nesta área).
A Bíblia adverte de falsos mestres. Estes são pessoas que reivindicam ter o dom de ensino, porém não ensinam a verdadeira Palavra de Deus:
“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2.1).
“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4.3-4).
“Teu primeiro pai pecou, e os teus guias prevaricaram contra mim” (Isaías 43.27).
2 Pedro capítulo 2 e o livro de Judas listam algumas das características pessoais pelas quais você pode reconhecer os falsos mestres.
É possível ter um motivo errado ao ensinar. Você não deve ensinar simplesmente por causa do lucro financeiro:
“É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tito 1.11).
Aqueles que têm sido ensinados na Palavra de Deus devem ensinar aos crentes fiéis que poderão ensinar a outros:
“Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui” (Gálatas 6.6).
“E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2).
Este é o modelo de ensino contínuo que, se seguido, rapidamente se multiplica para estender o evangelho por todo o mundo.
Uma pessoa com o dom espiritual de ensinar não ensina a sabedoria do homem:
“Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (1 Coríntios 2.13).
Um mestre deve ter piedosa compreensão e sabedoria. Paulo adverte contra aqueles que são...
“Pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (1 Timóteo 1.7).
Ele enfatiza a importância de ensinar com sabedoria:
“Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Colossenses 1.27-28).
Mestres devem viver o que eles ensinam:
“Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos?” (Romanos 2.21-22).
Os mestres serão julgados baseando-se no que eles têm ensinado:
“Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo” (Tiago 3.1).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude os seguintes exemplos de mestres no Novo Testamento. Quem você pensa que poderia ter tido o dom especial de ser um mestre? [Uma posição de liderança na igreja]. Quem poderia ter tido o dom de ensinar?
n Apolo: Atos 18.24-25
n Áquila e Priscila: Atos 18.26
n Paulo: Atos 20.20-21, 27; 21.28
n Anônimo: Atos 13.1
n Pedro: Atos 5.28-29
Obtenha o curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Táticas de Ensino”. Ele enfoca as táticas usadas pelo maior mestre de todos, o Senhor Jesus Cristo.
LÍDERES QUE TRABALHAM JUNTOS
Os cinco dons especiais de liderança funcionam juntos no ministério da igreja.
Apóstolos estendem a mensagem do Evangelho às várias regiões e levantam grupos organizados de crentes. Deus dá sinais e maravilhas especiais para ajudar nesta extensão do Evangelho. O apóstolo proporciona liderança especial às igrejas que ele levanta.
Profetas também proporcionam liderança na igreja. Uma de suas funções é dar mensagens especiais de Deus através da inspiração do Espírito Santo.
Evangelistas comunicam o evangelho de uma tal maneira que as pessoas respondem a ele e se convertem. Eles podem ministrar individualmente ou em grupos grandes, porém seu ministério sempre produz novos crentes. Então, estes crentes ficam sob o cuidado de apóstolos, profetas, pastores e mestres da igreja para seu desenvolvimento espiritual. O exemplo de Felipe em Atos capítulo 8 ilustra isto. Ele levou os Samaritanos a Cristo, depois ele os dirigiu aos apóstolos para consolidação e ensinamento adicional.
Pastores exercem liderança e cuidado em longo prazo àqueles que tem crido através da mensagem do evangelista. Eles proporcionam o cuidado pastoral àqueles que se tornaram discípulos treinados através do ministério dos apóstolos. Seu ministério é um quadro do cuidado amoroso de um pastor por sua ovelha.
Mestres proporcionam instruções que vão além da apresentação do evangelho pelo evangelista. Eles ensinam aos crentes a serem espiritualmente maduros. Eles treinam as pessoas fiéis que são capazes de ensinar a outras.
A responsabilidade principal daqueles com dons especiais de liderança é treinar os outros crentes para descobrir e usar seus dons espirituais (Efésios 4.11-16). O seguinte gráfico ilustra como os dons especiais funcionam juntos na igreja:
DEUS
DÁ
APÓSTOLOS PROFETAS EVANGELISTAS PASTORES MESTRES
PARA
CAPACITAR - EQUIPAR AOS SANTOS
QUE
MINISTRAM EDIFICAM
RESULTANDO EM
UNIDADE CONHECIMENTO APERFEIÇOAMENTO
PARA QUE O CORPO DE CRISTO POSSA SER
NÃO MAIS COMO CRIANÇAS CRESCER NELE
(doutrina falsa) (verdade)
RESULTADO FINAL:
EFICAZ FUNCIONAMENTO DE TODAS AS PARTES DO CORPO EM AMOR
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. Liste os cinco dons especiais de liderança discutidos neste capítulo:
________________________________________
3. Por que os dons de Efésios 4.11 são chamados de “dons especiais”?
________________________________________
4. Leia cada declaração. Se a declaração for VERDADEIRA escreva V no espaço em branco dela. Se a declaração for FALSA escreva F no espaço em brando diante dela.
a. _____ Todos nós que profetizamos necessariamente não temos o dom especial de ser um profeta.
b. _____ Todos nós que ensinamos não temos necessariamente o dom especial de ser um mestre.
c.______ Cada crente deve ensinar o evangelho aos outros, porém isto não significa que todos os crentes tem o dom de ensinar.
5. Olhe os dons espirituais na Lista Um. Leia as definições na Lista Dois. Escreva o número da definição que descreve o dom espiritual no espaço em branco proporcionado. O primeiro é feito como um exemplo para você.
Lista Um |
Lista Dois |
|
|
__2__ Profeta |
1. Enviado com a autoridade para agir por outro para desenvolver novas igrejas e supervisioná-las. |
_____ Apóstolo |
2. Fala sob inspiração especial para comunicar uma mensagem imediata de Deus a seu povo; também uma posição de liderança. |
_____ Pastor |
3. Compartilhe o Evangelho com os não crentes de tal modo que eles respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo; alguém que traz boas notícias. |
_____ Evangelista |
4. Assume a liderança em longo prazo pelo bem-estar espiritual dos crentes; a palavra é a mesma usada para pastor de ovelhas. |
_____ Maestro |
5. Comunica a Palavra de Deus de tal maneira que outros aprenderão e aplicarão o que é ensinado; também uma posição de liderança. |
6. Quais são as quatro divisões principias de dons espirituais que são usadas para propósitos de estudo neste e nos capítulos seguintes:
________________________________________
________________________________________
________________________________________
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
Os crentes com os dons especiais são líderes que Deus estabelece na igreja. Porém, estas não são as únicas posições de liderança da igreja mencionadas na Bíblia.
Os ofícios de presbíteros e diáconos são mencionados no Novo Testamento. Algumas igrejas consideram o bispo igual ao pastor e ao presbítero. Outros o consideram um ofício separado. Estas posições de liderança não são o mesmo que os dons especiais de liderança que nós temos estudado. Eles são ofícios especiais estabelecidos pela igreja primitiva através da direção do Senhor.
O registro da igreja primitiva foi conservado por Deus como um exemplo para nós seguirmos na estrutura da igreja. Estes ofícios também devem funcionar na igreja hoje. O propósito destes ofícios é ajudar aqueles que têm os dons especiais de liderança discutidos neste capítulo, ou seja, os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Use o seguinte esboço para estudar estas posições de liderança.
OFÍCIOS DA IGREJA
Título |
Referências |
Deveres |
Bispo ou presbítero ou pastor. |
Atos 20.17, 28-32; 14.23; 15; 16.4; 11.30; 1 Timóteo 3.1-7; 5.17; Filipenses 1.1; Tito 1.5-9; Tiago 5.14; 1 Pedro 5.1-3. |
Estes versículos parecem indicar que ele deve ter um cuidado em longo prazo sobre um grupo local de crentes. Também proporcionam a direção nas decisões da igreja, ministram às necessidades dos crentes e ajudam no desenvolvimento e cuidado dos grupos locais de cristãos. |
Diácono, Diaconisa. |
1 Timóteo 3.8-13; Filipenses 1.1; Atos 6.1-7; Romanos 16.1-2. |
Estes versículos indicam que os diáconos têm um ministério de serviço e ajuda. A Bíblia não usa o termo “diaconisa”, mas alguns estudiosos têm usado esta designação para as esposas dos diáconos ou outras mulheres que ministram em serviços gerais e ajuda. |
Nota: O vocábulo “ancião" é usado pela primeira vez na Bíblia em Êxodo 3.16 em referência aos líderes de Israel.
Há muitas referências aos anciãos de Israel por toda a Bíblia. Estes anciãos são diferentes da posição de liderança conhecida como um ancião na igreja primitiva. Todos os versículos que nós temos listado aqui se referem aos anciãos na igreja em lugar dos anciãos de Israel.
Observe que os anciãos funcionam na liderança junto com os dons especiais de liderança que Deus tem colocado na igreja. Os anciãos não devem liderar a igreja independente dos líderes especiais de Deus, ou seja, apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Deus tem colocado líderes especiais na igreja. O homem escolhe os anciãos.
QUALIFICAÇÕES
A Bíblia dá qualificações específicas que devem preenchidas por estes ofícios da igreja:
BISPOS OU PRESBÍTEROS:
n Irrepreensível: deve ter uma boa reputação e não deve estar em desobediência a Palavra de Deus: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.6, 7.
n Marido de uma só esposa: se for casado, deve ter apenas uma companheira: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.6.
n Temperante ou Moderado: Moderado em todas as coisas: Tito 1.8; 1 Timóteo 3.2.
n Sóbrio ou autocontrolado: Demonstra controle em todas as áreas da vida e conduta: Tito 1.8.
n Modesto: Prudente, sensato, sábio e prático: 1 Tm 3.2; Tito 1.8.
n Hospitaleiro: a casa está aberta aos outros: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.8.
n Capaz de ensinar: tem habilidade para comunicar a Palavra de Deus aos outros: 1 Timóteo 3.2; Tito 1.9.
n Não dado ao vinho: 1 Timóteo 3.3; Tito 1.7.
n Não violento: o contrário de ser irascível: 1 Timóteo 3.3.
n Não arrogante: Não egoísta e sempre querendo as coisas à sua própria maneira: Tito 1.7.
n Não um novo convertido: deve ter maturidade e deve ser experimentado como um crente: 1 Timóteo 3.6.
n Amigo do bem: Apoiando tudo o que vale a pena para Deus e Seus propósitos: Tito 1.8.
n Justo: justo em seu trato com as pessoas: Tito 1.8.
n Apegado à Palavra: Tito 1.9.
n Piedoso: Tito 1.8.
n Não cobiçoso de sórdida ganância: Não conhecido pela cobiça ao lucro financeiro; livre do amor ao dinheiro: Tito 1.7; 1 Timóteo 3.3.
n Governa bem a sua própria casa: deve mostrar a habilidade de liderança em sua própria família: 1 Timóteo 3.4-5.
n Ter filhos crentes: devem ter filhos que tem respondido ao Senhor e não são rebeldes: Tito 1.6.
n Ter boa reputação para com os de fora: deve ter um testemunho bom entre os não-crentes: 1 Timóteo 3.7.
DIÁCONOS:
n Respeitáveis: devem respeitar-se e demonstrar uma mente séria e caráter: 1 Timóteo 3.8.
n De uma só palavra: Não dá relatórios contraditórios: 1 Timóteo 3.8.
n Não dado a muito vinho: 1 Timóteo 3.8.
n Não amante de ganhos desonestos: 1 Timóteo 3.8.
n Estabelecido em seu compromisso com a fé: 1 Tm 3.9.
n Provado: Uma pessoa que tem experimentado as provas espirituais e tentações e tem provado ser fiel: 1 Timóteo 3.10.
n Irrepreensível: Ausência de qualquer responsabilidade de violação na conduta: 1 Timóteo 3.10.
n Marido de uma só esposa: se for casado, deve ter uma só companheira: 1 Timóteo 3.12.
n Que governe bem a seus filhos e a sua própria casa: deve demonstrar liderança na vida familiar: 1 Timóteo 3.12.
n Experimentados: Não um novo convertido, porém experimentado como um crente: 1 Timóteo 3.10.
DIACONISA:
n Mulher: 1 Timóteo 3.11.
n Digna: Respeitosa; pessoa de mente e caráter sério: 1 Timóteo 3.11.
n Não caluniadora: não fala sobre outros de uma maneira caluniadora: 1 Timóteo 3.11.
n Moderada: moderada em todas as coisas: 1 Timóteo 3.11.
n Fiel em todas as coisas: Fidedigna e confiável em cada área da vida: 1 Timóteo 3.11.
n Auxiliadora de muitos: deve servir aos outros e ajudar a satisfazer suas necessidades: Romanos 16.2.
A estrutura bíblica da igreja é mostrada no seguinte diagrama:
A IGREJA
Dons Especiais de Liderança
Apóstolos
Profetas
Evangelistas
Pastores
Mestres
(Efésios 2:20-22)
(ajudados pelos
ofícios especiais de presbíteros, diáconos
e cada membro no lugar estabelecido por Deus).
O Fundamento colocado pelos apóstolos e profetas
(Efésios 2.20)
CONSTRUÍDA SOBRE A ROCHA JESUS CRISTO
Mateus 16.18; 1 Coríntios 3.11; Efésios 2.20.
Capítulo Sete
OS DONS DE FALA DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar os cinco dons de fala.
n Definir os dons de fala.
n Distinguir entre a palavra de sabedoria e a palavra de conhecimento.
VERSÍCULO-CHAVE:
“A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Coríntios 12.28).
INTRODUÇÃO
Foram dados aos cinco dons que estudaremos o título de “dons de fala” porque todos eles envolvem falar publicamente. Os cinco dons de fala são:
n Profecia
n Ensino
n Exortação
n Palavra de conhecimento
n Palavra de sabedoria
Os primeiros dois dons de fala, profecia e ensino, são similares aos dois dons especiais de profetas e mestres. Porém, os dons de fala da profecia e do ensino não são iguais aos dons especiais de liderança de ser um profeta ou um mestre.
PROFECIA
“... a outro, profecia...” (1 Coríntios 12.10).
Uma pessoa com o dom de profecia fala pela inspiração especial de Deus para comunicar uma mensagem imediata a Seu povo.
A profecia foi discutida em detalhes na seção sobre o dom especial de ser um profeta. Tudo o que foi dito ali sobre a profecia dada por um profeta também se aplica ao dom de profecia.
Porém, o dom de fala de profecia por si só não significa que você tem o dom especial de ser um profeta.
Como você estudou previamente, Deus tem colocado aos profetas [quem também tem o dom de profecia] nas posições especiais de liderança na igreja.
Ainda que as pessoas profetizem como os profetas, as pessoas com o dom de profecia não têm a posição especial de liderança de um profeta. Elas entregam as mensagens especiais simplesmente sob a inspiração do Espírito Santo.
ENSINO
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo” (Romanos 12.6-7).
O assunto de ensinar foi tratado na seção sobre o dom especial de mestre. Tudo o que foi discutido ali se aplica também ao dom de ensinar com a exceção da posição de liderança.
Como no exemplo dos profetas e da profecia, o dom de fala de ensino não significa que uma pessoa tem o dom especial de ser um mestre. Deus têm mestres [que também tem o dom de ensinar] em posições especiais de liderança na igreja.
EXORTAÇÃO
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé... ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria” (Romanos 12.6, 8).
O dom de exortação é a habilidade de aproximar-se de indivíduos em tempos de necessidade, aconselhando-os corretamente com a Palavra de Deus. “Exortar” literalmente significa chamar uma pessoa ao lado, aconselhar, recomendar, admoestar, animar ou consolar.
A exortação é a habilidade de dar conselho espiritual com sabedoria. As pessoas com este dom ministram palavras de consolo, conforto e estímulo de uma tal maneira que outros são ajudados. Um termo moderno para este dom seria “o dom de aconselhamento”.
A exortação era parte do plano de acompanhamento do apóstolo Paulo para as igrejas:
“E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.21-22).
A Bíblia ensina como a exortação deve ser feita:
COMO UM PAI A SEUS PRÓPRIOS FILHOS:
“E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós” (1 Ts 2.11).
DANDO INSTRUÇÃO COM PACIÊNCIA:
“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo 4.2).
BASEANDO-SE NA SÃ DOUTRINA BÍBLICA:
“Apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tito 1.9).
COM TODA A AUTORIDADE:
“Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze” (Tito 2.15).
MAIS FREQÜENTEMENTE DEVIDO A PROXIMIDADE DOS FINS DOS TEMPOS:
“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.25).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
A Bíblia dá vários exemplos de pessoas que teriam o dom de exortação e aconselharam outros.
Estude estas passagens para entender mais sobre este dom:
n Barnabé: Atos 11.22-24.
n Judas e Silas: Atos 15.32.
n Paulo: Atos 14.22; 2 Coríntios 9.5; 1 Tessalonicenses 4.1.
n Judas: Judas 3.
Com qual atitude uma pessoa deve exortar a outrem? Ver 1 Tessalonicenses 2.11 e 5.14.
________________________________________
Quando exortando, nós devemos encorajar as pessoas a fazerem quais coisas?
1 Pedro 5:1-2 _____________________________________
2 Timóteo 4:1-4 ___________________________________
1 Tessalonicenses 2:11-12 ___________________________
2 Tessalonicenses 3:12 ______________________________
Estude os seguintes versículos e completo o gráfico:
Quem Encorajou quem
Atos 14:21-22 ____________ ____________
Atos 16:40 ____________ ____________
Atos 20:1 ____________ ____________
2 Coríntios 1:3-7 ____________ ____________
A PALAVRA DE SABEDORIA
“Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria...” (1 Coríntios 12.8).
A palavra de sabedoria é a habilidade de receber a visão acerca de como o conhecimento pode ser aplicado às necessidades específicas. Dados os fatos sobre qualquer situação, uma pessoa com este dom sabe aplicar os atos para levar a uma decisão sábia.
A palavra de sabedoria é uma visão divina sobre pessoas e situações que não são óbvias à pessoa comum. Esta sabedoria dada por Deus é combinada com uma compreensão do que fazer e como fazer.
Este dom não é chamado “o dom de sabedoria” porque a sabedoria total de Deus não é dada a alguém. É uma palavra de sabedoria, somente uma porção da sabedoria infinita de Deus.
O dom da palavra de sabedoria não vem através da educação. A fonte de sabedoria é Deus:
“Em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2.3).
Jesus Cristo foi chamado de a sabedoria de deus:
“Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus... Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1.24, 30).
A sabedoria piedosa não é o mesmo que a sabedoria do mundo:
“Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca” (Tiago 3.14-17).
Se você não tem o dom da palavra de sabedoria você ainda pode desenvolver a sabedoria espiritual. Você pode recebê-la por estudar a Palavra de Deus:
“E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3.15).
Você pode pedir sabedoria a Deus:
“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida” (Tiago 1.5).
A sabedoria é dada àqueles que vivem uma vida piedosa:
“Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade” (Provérbios 2.6-7).
Porém, recorde, esta sabedoria disponível a todos os crentes não é igual ao dom da palavra de sabedoria. A palavra de sabedoria é uma habilidade especial dada por Deus através do Espírito Santo.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude as referências feitas por Paulo sobre a sabedoria: 1 Coríntios 2:1-13. Quais são as diferenças entre as duas sabedorias sobre as quais ele escreve?
A palavra de sabedoria funcionava em sua vida. Veja 2 Pedro 3.15-16; 1 Coríntios 2.4-8.
A sabedoria era evidente no ministério de Estevão: Atos 6.3, 10.
Rei Salomão foi o melhor exemplo da sabedoria no Antigo Testamento: 1 Reis 3.5-28.
Estude o livro de Provérbios. Foi escrito pelo Rei Salomão e é a aplicação prática da sabedoria espiritual.
Estude Tiago 3.17. Lista as características da sabedoria piedosa.
Estude estes exemplos da palavra de sabedoria em funcionamento.
n Lucas 2:40-52; 21:15.
n Atos 5:26-33 (observe a sabedoria na declaração “antes importa obedecer a Deus do que aos homens”).
n Deuteronômio 34:9.
n Êxodo 36.1-2.
A PALAVRA DE CONHECIMENTO
“... e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento” (1 Coríntios 12.8).
A palavra de conhecimento é a habilidade de entender as coisas que os outros não conhecem e não podem compreender e compartilhar este conhecimento com eles sob a inspiração do Espírito.
Como a palavra de sabedoria, não é chamado de “o dom do conhecimento”. É o dom de uma palavra de conhecimento. Não é o conhecimento total de Deus, porém apenas uma porção de Seu conhecimento.
A fonte deste conhecimento espiritual é Deus:
“Em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Colossenses 2.3).
“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente. Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos” (1 Coríntios 12.11-14).
O dom da palavra de conhecimento é o conhecimento de revelação. Isto significa que é o conhecimento revelado por Deus. Não é conhecimento obtido através de educação ou estudo.
Quando Jesus lhe fez uma pergunta espiritual a Pedro e ele respondeu com uma palavra de conhecimento, Jesus disse:
“Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16.17).
O dom da palavra de conhecimento deve ser usado em humildade porque você não é a fonte do conhecimento. Deus é a fonte:
“No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Coríntios 8.1-2).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Exemplos do Novo Testamento da palavra de conhecimento para estudo adicional:
n Jesus: João 1:48; 4:17-18; 11:14.
n Simão: Lucas 2:25-35.
n Ananias e Safira: Atos 5:1-11.
n Paulo: Atos 27:13-44.
n Pedro: Atos 5:1-10; 8:23; 10:19.
n Ananias: Atos 9:1-18.
Observe nesta passagem que Ananias:
n Sabia onde Paulo estava: versículo 11.
n Sabia onde ele estava orando: versículo 11.
n Sabia que ele tinha tido uma visão: Versículo 12.
n Sabia que ele era um vaso escolhido: versículo 15.
n Sabia que sofreria: versículo 16.
n Sabia que ele seria uma testemunha: versículo 15.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
________________________________________
2. Quais são os cinco dons de fala?
________________________________________
3. Leia a lista dos dons de fala na Lista Um. Leia as definições em Lista Dois. Escreva o número da definição que descreve o dom no espaço em brando proporcionado.
Lista Um |
Lista Dois |
|
|
_____ Exortação |
1. Fala pela inspiração especial de Deus uma mensagem imediata a Seu povo. |
_____ Profecia |
2. Palavras de conselho, consolo. |
_____ Palavra de Sabedoria |
3. Habilidade de treinar outros na Palavra de Deus. |
_____ Ensino |
4. A visão acerca de como o conhecimento por ser aplicado às necessidades específicas. |
_____ Palavra de conhecimento |
5. A habilidade de entender as coisas que outros não podem e compartilhar sob a inspiração do Espírito. |
4. Circule a resposta correta para completar esta frase: os crentes dão uma palavra de sabedoria ou conhecimento por…
a) Repetir o que eles têm lido.
b) Tentar pensar em algo que Deus poderia querer que eles dissessem.
c) O Espírito Santo lhes dá uma palavra para falar.
5. Esta declaração é Verdadeira ou Falsa? Os dons da palavra de sabedoria e a palavra de conhecimento são a mesma coisa. _______________
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
Nota:
Sugestões foram dadas PARA ESTUDO ADICIONAL enquanto cada um dos dons de fala era discutido neste capítulo. Isso foi feio para permitir-lhe completar seu estudo de cada um dos dons antes de seguir ao próximo.
Capítulo Oito
OS DONS DE SERVIÇO DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar os nove dons de serviço do Espírito Santo.
n Explicar a diferença entre o dom de serviço e o dom de ajuda.
n Explicar a diferença entre o dom de administração e o dom de liderança.
n Distinguir entre o dom da fé e o fruto da fé.
VERSÍCULO-CHAVE:
“E quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Marcos 10.44).
INTRODUÇÃO
Há nove dons espirituais que nós chamaremos de “dons de serviço”. Estes dons não são ofícios especiais como aqueles de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Eles não são os dons de fala onde alguém permanece diante da igreja para ministrar a Palavra de Deus. Também não são os dons de sinais (que você estudará no próximo capítulo) que são dados para confirmar a verdade do Evangelho.
Estes nove dons “servem” à igreja proporcionando estrutura, organização, e apoio nas áreas espirituais e práticas. Os nove dons de serviço são:
n Discernimento de espíritos
n Liderança
n Administração
n Fé
n Contribuição
n Ajuda
n Serviço
n Misericórdia
n Hospitalidade
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso... a outro, discernimento de espíritos...” (1 Coríntios 12.7-10).
Discernimento de espíritos é a habilidade de avaliar as pessoas, doutrinas e situações para ver se eles são de Deus ou de Satanás. De modo algum deve ser confundido com um espírito crítico. O dom é um dom espiritual. Não se discernem as coisas espirituais com a mente natural:
“Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém” (1 Coríntios 2.15).
Este dom se limita ao discernimento de espíritos. Não é discernimento em geral. Este dom serve à igreja identificando as pessoas que dividiriam a comunhão por motivos, doutrinas e atitudes erradas.
Discernimento de espíritos é um dom importante porque os inimigos contra quem nós lutamos não são visíveis ao olho humano. Eles apenas são reconhecidos através do discernimento espiritual:
“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12).
Uma das estratégias usadas por Satanás é o engano. É por isso que o discernimento é tão importante:
“Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido? E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha” (1 Coríntios 11.14-15).
Enquanto nós nos aproximamos do retorno do Senhor Jesus, estes espíritos de engano aumentarão:
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Timóteo 4.1).
O Apóstolo Pedro advertiu:
“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade” (2 Pedro 2.1-2).
Se você não tem o dom de discernir espíritos você não está indefeso. Deus tem dado uma maneira de provas os espíritos. Esta prova é válida quer você tenha ou não o dom de discernimento:
“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1 João 4.1-3).
Você pode aprender a usar seus sentidos espirituais para discernir entre o bem e o mal. Estes sentidos espirituais se desenvolvem pelo estudo da Palavra de Deus:
“Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hebreus 5.13-14).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
As seguintes referências são exemplos do uso do dom de discernir espíritos:
n Jesus: Mateus 16.21-23; João 1.47; Lucas 9.55.
n Paulo: Atos 13.6-12; 16.16-18.
n Pedro: Atos 5.1-11; 8.18-24.
(Em Atos 8.18-24, qual é um dos resultados pretendidos pelo uso do dom de discernir espíritos?)
LIDERANÇA
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada... o que preside, com diligência...” (Romanos 12.6, 8).
O dom espiritual de liderança ou presidir é a habilidade para estabelecer metas de acordo com o propósito de Deus e comunicar estas metas a outros. Uma pessoa que tem este dom motiva e leva os outros a alcançarem estas metas para a glória de Deus.
Liderança é mencionada em Romanos 12 e a qualificação para este dom é que seja exercido com diligência. Diligência significa mostrar cuidado constante e esforço para alcançar o que se pretende. Significa ser trabalhador, atento e perseverante.
Uma pessoa que tem o dom de liderança deve liderar bem a sua própria família:
“(pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)” (1 Timóteo 3.5).
Isto também é verdade para alguém com o dom de liderança.
Os crentes devem mostrar respeito por aqueles que são líderes na igreja:
“Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros” (1 Tessalonicenses 5.12-13).
A Bíblia nos diz...
“Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13.17).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Três dos maiores líderes foram Moisés, Josué e Davi. A história de Moisés se encontra nos livros de Êxodo até Deuteronômio. A história de Josué está no livro de Josué. Você pode ler sobre Davi nos livros de 1 e 2 Samuel.
Outros grandes líderes foram:
n Neemias: o livro de Neemias.
n Esdras: Esdras e Neemias.
n Pedro: O livro de Atos.
ADMINISTRAÇÃO
“A uns estabeleceu Deus na igreja... governos...” (1 Coríntios 12.28).
O dom de administração realmente é chamado de “governos” na versão original da Bíblia. Uma pessoa com o dom de administração (ou governos) tem a habilidade de liderar e tomar decisões em nome de outros.
O significado da Palavra administração é semelhante à palavra usada para o piloto que dirige um barco e para o timão. Uma mesma palavra é usada para ambos na Bíblia:
“Os moradores de Sidom e de Arvade foram os teus remeiros; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos” (Ezequiel 27.8).
Uma pessoa com este dom é responsável pela direção e por tomar decisões. Como o piloto de um barco ele pode até não ser o dono dele, porém a ele foi dada a responsabilidade de dirigi-lo em sua viagem.
Os dons de liderança e administração ambos envolvem habilidades organizacionais que resultam em alcançar metas espirituais. Freqüentemente um crente terá ambos os dons de liderança e administração. Se uma pessoa tem o dom de administração, porém não tem o dom de liderança, ela necessitará de alguém com esse dom para trabalhar com ela.
Uma pessoa que tem o dom de administração tem a habilidade de dirigir, organizar e tomar decisões. Porém, sem o dom de liderança ela não tem a habilidade para motivar e realmente trabalhar com as pessoas para alcançar metas.
Pastores e mestres freqüentemente também têm o dom espiritual de liderança. Eles podem motivar as pessoas para alcançar metas espirituais. Porém, muitos deles não têm o dom de administração. Ainda que eles motivam, eles não organizam de uma maneira que as metas possam ser alcançadas.
A relação de Tito e Paulo ilustra como o dom de administração trabalha. Entre outros dons, Paulo tinha o dom especial de liderança de ser um apóstolo. Ele levantou uma igreja em Creta, então Tito a organizou e dirigiu:
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tito 1.5).
Paulo havia estabelecido Tito como administrador sobre as igrejas em Creta. Paulo ainda era a autoridade nas igrejas. Tito era o administrador que levava a cabo suas instruções. Segundo esta passagem, uma das funções da administração é treinar outros crentes para posições de liderança na igreja.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude o problema descrito em Atos 6.1-7. Qual foi o problema? Quem usou o dom de liderança? Quem poderia ter tido o dom de administração?
Leia Lucas 14.28-30. Observe o valor do planejamento e organização. Estas coisas são parte de uma boa administração.
Estude a vida de José de Gênesis 37 a 50. José tinha um dom de administração. Ele organizou e dirigiu o Egito para o faraó. Também veja Atos 7.9-10.
FÉ
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito... a fé...” (1 Coríntios 12.7-9).
Uma pessoa que tem o dom da fé tem uma habilidade especial de crer com confiança sobrenatural e confiar em Deus nas circunstâncias difíceis. É a fé especial para satisfazer uma necessidade especial. Ele sabe que Deus vai fazer o impossível. Ele exerce esta fé inclusive quando outros crentes ao seu redor não crêem. A Bíblia define a fé como:
“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus 11.1).
A Bíblia Amplificada traduz assim este versículo acima:
“Agora, a fé é a convicção, a confirmação, a certidão das coisas pelas quais nós esperamos, sendo a prova das coisas que nós não vemos, e a convicção de sua realidade. A fé é perceber como real o que não se revela aos sentidos”.
A fé dá a convicção de que as coisas prometidas no futuro são verdadeiras e que as coisas não contempladas com nossos olhos são reais.
Há diferentes tipos de fé. Há a fé natural que é uma confiança nas coisas que demonstram serem estáveis. A Bíblia fala da fé santificadora (Gálatas 2.29), a fé defensiva (Efésios 6.16) e a fé salvadora (Romanos 5.1).
A Bíblia revela que há vários níveis de fé. Jesus falou das pessoas que não usaram sua fé como sendo pessoas incrédulas (Mateus 17.17). Ele falou daqueles que tinham uma fé pequena (Mateus 6.30; 8.26; 14.31; Lucas 12.28) e daqueles com grande fé (Mateus 8.10; 15.28; Lucas 7.9).
A Bíblia ensina que cada pessoa tem uma certa quantidade de fé dada a ela como um dom de Deus (Romanos 12.3b). Também ensina que nós somos guardados através da fé (Efésios 2.8). Porém, o dom da fé uma habilidade especial de crer em Deus em cada área da vida. Esta fé não conhece impossibilidades. Não põe nenhum limite no que Deus pode fazer.
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10.17).
A fé é listada em Gálatas 5.22 como um fruto do Espírito Santo assim como ela é um dom. A fé como um dom espiritual se refere ao poder. Como fruto, ela se refere ao caráter. A fé como dom é um ato. É a habilidade de atuar em fé diante das impossibilidades. A fé como um fruto é uma atitude. Ela se desenvolve através do crescimento espiritual assim como o fruto no mundo natural desenvolve através dos processos de crescimento.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude Hebreus 11. Este capítulo dá muitos exemplos daqueles que tinham grande fé. Faça uma lista das coisas que estas pessoas alcançaram por sua fé.
n Abraão foi chamado de homem de fé: Romanos 4.16-21; Hebreus 11.18-19.
n Estevão aparentemente tinha o dom da fé: Atos 6.5-8.
n Barnabé demonstrou grande fé: Atos 27.
n A fé dá ênfase ao impossível: 1 Coríntios 13.2.
CONTRIBUIÇÃO
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada... o que contribui, com liberalidade...” (Romanos 12.6, 8).
Uma pessoa com o dom de contribuição ou de dar tem uma habilidade especial de dar gêneros materiais e recursos financeiros ao trabalho do Senhor. Ele o faz com alegria e avidez. O dom de dar também inclui o dar do tempo, força e talentos ao trabalho do Senhor. Um requisito para uma pessoa com o dom de dar é que ela compartilhe com liberalidade.
Todos os cristãos devem dar ao trabalho do Senhor:
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9.7).
Todos os crentes devem dar o dízimo de seus ganhos. O dízimo é 10% de tudo o que alguém recebe. Se os crentes não dão dízimos e ofertas, isso é como roubar a Deus:
“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (Malaquias 3.8).
Deus tem prometido bênçãos especiais àqueles que dizimam de seus ganhos:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos” (Malaquias 3.10-12).
De acordo com esta passagem, aos que dão se promete:
1. Bênção superabundante de Deus, tão grande que eles não poderão contê-la. Versículo 10.
2. Bênçãos sobre o trabalho, o que proporciona ganho. Versículo 11.
3. Eles serão uma bênção às nações do mundo. Versículo 12.
4. Sua própria terra [a nação] será abençoada. Versículo 12.
Deus o abençoa financeiramente baseando-se em como você dá. Ele proporciona para que você tenha os fundos para dar ao trabalho do Senhor:
“E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará... Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9.6, 8).
Jesus também prometeu:
“Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” (Lucas 6.38).
A maneira de você adquirir o dinheiro ou gêneros para dar é descrita em Efésios:
“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4.28).
Ele indicou que, visto que seus dons foram como um sacrifício, eles agradaram a Deus. Então, ele disse a estes crentes contribuintes:
“E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19).
Esta promessa se fez àqueles que haviam dado à obra do Senhor. Porém, lembre-se: ainda que todos os crentes devam dar e são abençoados por Deus por fazer isso, uma pessoa com o dom de dar tem uma habilidade especial de dar alegremente ao Senhor; uma motivação espiritual especial para dar.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
O que segue são exemplos bíblicos de pessoas que tinham uma habilidade especial de dar ao Senhor. É possível que eles tivessem o dom espiritual de dar:
n A viúva: Marcos 12:41-44; Lucas 21:1-4.
n Maria: João 12:3-8.
n A igreja dos Gálatas: Gálatas 4:15.
n A igreja dos Filipenses: Filipenses 4.10-18.
n As igrejas macedônicas: 2 Coríntios 8.1-8.
O que deve motivar a contribuição? Veja Mateus 6.3; Efésios 4.28; 1 Coríntios 13.3.
AJUDA
“A uns estabeleceu Deus na igreja... socorros...” (1 Coríntios 12.28).
Uma pessoa que tem o dom de ajuda (ou socorros) tem a habilidade de ajudar outros no trabalho do Senhor de modo a permitir-lhes aumentar a efetividade de seus próprios dons espirituais. De vigilantes a músicos, ajudar no funcionamento de uma igreja ou de um ministério pode ser considerado um dom de ajuda. Quando Paulo enviou uma mulher chamada Febe a Roma, ele lhes pediu aos crentes ali que a ajudassem com o dom de ajuda:
“Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive” (Romanos 16.1-2).
Priscila e Áquila aparentemente serviram a Paulo com o dom de ajuda, porque ele escreveu:
“Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus” (Romanos 16.3).
O dom de ajuda é qualquer trabalho que apóia ou ajuda a outra pessoa. É como servir como um ajudante.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
n Tabita [Dorcas] tinha o dom de ajuda: Atos 9.36.
n As mulheres ajudaram a Jesus em Seu ministério: Marcos 15.40-41.
n A ajuda dada poderia estar na área de responsabilidades organizacionais: Êxodo 18.22; Número 11.17.
n O ministério de ajuda pode ajudar aqueles que são débeis: Atos 20.35.
SERVIÇO
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada... se ministério, dediquemo-nos ao ministério...” (Romanos 12.6-7).
A palavra “ministério” nesta passagem tem o mesmo significado de serviço. O dom de servir ou ministério é uma habilidade de realizar tarefas práticas relacionadas ao trabalho do Senhor. Uma pessoa que serve ajuda os outros a alcançar metas espirituais liberando-os dos deveres rotineiros, porém, necessários.
A Bíblia Amplifica traduz esta passagem assim:
“... se o dom é o serviço prático, permita-lhe dedicar-se a servir...”.
Serviço difere da ajuda no fato que alivia os outros de certos deveres. Alguém que serve assume com toda segurança a responsabilidade por uma tarefa para deixar o outro livre para exercer seu dom espiritual.
Uma pessoa que tem o dom de ajuda auxilia a outro na realização de seu ministério. Por exemplo, os músicos na igreja ajudam ao pastor a alcançar as metas espirituais durante um culto da igreja. Eles não o aliviam da responsabilidade do serviço, porém usam seu dom para ajudar-lhe a alcançar os objetivos espirituais.
Por outro lado, uma pessoa que tem o dom de servir pode totalmente aliviar a um pastor do envolvimento na distribuição de comida àqueles em necessidade dentro do corpo da igreja. Um exemplo disto se encontra na Igreja Primitiva onde certos crentes “serviram” às mesas para livrar os apóstolos das tarefas espirituais mais importantes:
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.1-4).
Observe as qualificações para aqueles que deveriam servir. Eles eram para ser honrados e cheios do Espírito Santo e sabedoria. Paulo falou daqueles que o ministraram ou serviram:
“Conceda o Senhor misericórdia à casa de Onesíforo, porque, muitas vezes, me deu ânimo e nunca se envergonhou das minhas algemas; antes, tendo ele chegado a Roma, me procurou solicitamente até me encontrar. O Senhor lhe conceda, naquele Dia, achar misericórdia da parte do Senhor. E tu sabes, melhor do que eu, quantos serviços me prestou ele em Éfeso” (2 Timóteo 1.16-18).
O dom de servir envolve levar as cargas de outros:
“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6.2).
A atitude de alguém que serve foi descrita por Jesus:
“Mas Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lucas 22.25-27).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Os exemplos de servir:
n Os anjos: Hebreus 1.14; 4.11; Marcos 1.13.
n Servir comidas: João 2.5, 9; Lucas 10.40.
MISERICÓRDIA
“Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada... quem exerce misericórdia, com alegria” (Romanos 12.6, 8).
“Misericórdia” significa compaixão. Isto significa que você é capaz de sentir com e por outro. Uma pessoa que tem o dom de misericórdia tem uma compaixão especial por aqueles em sofrimento e uma habilidade para ajudá-los.
O dom de misericórdia envolve uma atitude assim como uma ação. Isto é mostrado na história do Bom Samaritano que foi registrada em Lucas 10.30-37. O Samaritano não somente teve a compaixão pela vítima dos ladrões, porém também agiu para ajudá-lo.
Um requisito é que este dom deve ser ministrado com alegria. A palavra “alegria” se refere a uma prontidão alegre para fazer algo imediatamente possível para aliviar o sofrimento.
Compare a compaixão dos discípulos com aqueles de Jesus como ilustrado nos seguintes eventos:
Referência Jesus Discípulos
Mateus 15.23-28 Curou a filha Mandou ir embora
Da mulher sirofenícia
Marcos 8.1-9 Alimentou as multidões Mandou ir embora
Mateus 20.31-34 Curou os cegos Tentaram fazê-los calar
Marcos 10.48-49 Curou o cego Bartimeu Tentaram fazê-lo calar-se
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Estude estas ilustrações do dom de misericórdia:
n Jesus, em relação com a cura: Mateus 9:27-30; 15:21-28; 17:14-18; 20:30-34; Marcos 10:46-52; Lucas 17:1-14.
n O Bom Samaritano: Lucas 10:30-37.
n Dorcas: Atos 9.36-42.
HOSPITALIDADE
“Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração. Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro 4.9-10).
O dom de hospitalidade é uma habilidade especial que Deus dá a certos membros do corpo de Cristo para proporcionar comida e alojar aqueles em necessidade. Um requisito para o uso deste dom espiritual é que ele é feito sem ter nenhuma má vontade, ou seja, sem ressentir-se por ter que fazê-lo.
A hospitalidade é uma evidência do amor não hipócrita:
“O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem... compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade” (Romanos 12.9, 13).
A hospitalidade é uma das qualificações do bispo:
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar” (1 Timóteo 3.2).
“Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si” (Tito 1.7-8).
PARA ESTUDO ADICIONAL:
Lídia é um exemplo de uma pessoa com o dom de hospitalidade: Atos 16.14-15.
Gaio hospedou a Paulo em Roma: Romanos 16.23.
Há uma possibilidade excitante de mostrar a hospitalidade. Descubra o que é em Hebreus 13.1-2. Isso aconteceu com Abraão e Sara: Gênesis 18.
TESTE O SEU CONHECIMENTO
1. Escreva o versículo-chave de memória.
________________________________________
2. Liste os nove dons de serviço ou ministério:
________________________________________
3. Por que estes dons são chamados de dons de serviço ou ministério?
________________________________________
4. Qual é a diferença entre os dons de liderança e administração?
________________________________________
5. Qual é a diferença entre os dons de ajuda e serviço?
________________________________________
________________________________________
6. Leia a lista dos dons de serviço na Lista Um. Leia as definições na Lista Dois. Escreva o número da definição que descreve o dom no espaço em branco diante dele.
Lista Um |
Lista Dois |
|
|
_____ Serviço ou ministério |
1. A Habilidade de avaliar pessoas, doutrinas e situações para ver se elas são ou não de Deus. |
_____ Ajuda ou socorros |
2. A habilidade de motivar outros para alcançar metas específicas. |
_____ Liderança |
3. Dirigir em nome de outros. |
_____ Administração |
4. A habilidade especial de crer. |
_____ Contribuição |
5. A habilidade especial de dar. |
_____ Misericórdia |
6. Ajudar outros em seu ministério. |
_____ Discernir espíritos |
7. A compaixão especial. |
_____ Fé |
8. Proporcionar comida e alojamento. |
_____ Hospitalidade |
9. Aliviar outros da responsabilidade de realizar tarefas práticas. |
7. Esta declaração é verdadeira ou falsa: Somente àqueles com o dom de contribuição se exige dar dinheiro à obra do Senhor. A declaração é _______________________.
8. Defina a fé.
________________________________________
9. Qual é a diferença entre o dom da fé e o fruto da fé?
________________________________________
10. Como nós podemos aumentar nossa fé?
________________________________________
(As respostas se encontram ao final do último capítulo neste manual).
PARA ESTUDO ADICIONAL
Sugestões foram dadas PARA O ESTUDO ADICIONAL para cada um dos novos dons de serviço enquanto cada dom era estudado. Isto foi feito permitir-lhe completar seu estudo de cada um dos dons de serviço antes de seguir ao próximo.
A Bíblia lista dons adicionais que são dados aos crentes e que não foram estudados nesta lição. Estes dons não são chamados especificamente de dons do Espírito. Por esta razão eles não estão incluídos no estudo dos dons espirituais.
CELIBATO:
O dom de celibato é a habilidade que deus dá a certos crentes de permanecerem solteiros com o propósito do serviço cristão. Em 1 Coríntios 7.7-8, o apóstolo Paulo se refere a seu dom de celibato. O celibato, sem dúvida, não deve ser requerido (veja 1 Timóteo 4.1-5). É um dom de Deus, não um requisito que uma igreja ou denominação deve impor. A igreja é edificada por aqueles que têm o dom de celibato (veja 1 Coríntios 7.32-35).
INTERCESSÃO:
O dom de intercessão é uma habilidade especial que Deus dá para orar com grande intensidade por períodos estendidos de tempo em uma base regular. Interceder significa suplicar em nome de outro. Os intercessores oram pelas necessidades das pessoas, líderes, ministérios e nações.
Ainda que a intercessão não se identifica especificamente como um dom espiritual, há evidências de que o Espírito Santo a tenha dado para funcionar como um dom (veja Romanos 8.26-27). Estude as passagens seguintes para identificar alguns dos propósitos para a oração intercessão:
n Tiago 5.14-16.
n 1 Timóteo 2.1-2.
n Efésios 6.19.
n Números 14.17-19.
n Atos 7.60.
ARTESANATO:
Há outro dom que nós chamaremos “artesanato”. É a habilidade de fazer trabalhos artesanais de beleza e/ou função para o trabalho do Senhor. Se vêem exemplos naqueles a quem foram dadas as habilidades especiais por Deus para preparar os itens para a casa do Senhor e as vestes dos sacerdotes (Êxodo 28.3; Êxodo 31.3-6).
Capítulo Nove
DONS DE SINAIS DO ESPÍRITO SANTO
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
n Identificar os quatro dons de sinais do Espírito Santo.
n Explicar os propósitos dos milagres.
n Nomear cinco causas para a enfermidade física.
n Distinguir entre o dom de línguas e o falar em línguas como um sinal físico do batismo no Espírito Santo.
n Discutir as diretrizes bíblicas governantes para o uso do dom de línguas.
VERSÍCULOS-CHAVE:
“Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hebreus 2.3-4).
INTRODUÇÃO
Há quatro dons que nós chamaremos de “dons de sinais” porque eles são sinais sobrenaturais do poder de Deus que trabalha através dos crentes para confirmar a Sua Palavra:
“E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Marcos 16.20).
Os dons de sinais ministram a e através dos crentes curando, realizando milagres e dando mensagens especiais de Deus através das línguas e interpretação. Estes dons sobrenaturais também são um “sinal” aos incrédulos que Deus existe.
Os quatro dons de sinais são:
n Milagres
n Curas
n Línguas
n Interpretação de línguas
MILAGRES
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito... operações de milagres...” (1 Coríntios 12.7-10).
Através de uma pessoa com o dom de milagres Deus realiza atos poderosos que estão além da possibilidade de ocorrer naturalmente. Estes atos sobrenaturais são um sinal que o pode de Deus é maior que o de Satanás.
Os milagres alcançam propósitos espirituais específicos. Deus usa os milagres para confirmar a mensagem do Evangelho:
“Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hebreus 2.3-4).
Os milagres levam as pessoas a crerem em Jesus e a receber a vida eterna:
“Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.30-31).
Os milagres também são usados por Deus para mostrar aprovação da pessoa que ministra. O ministério de Jesus foi confirmado pelos milagres:
“Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (João 3.2).
“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis” (Atos 2.22).
Deus confirmou o ministério dos apóstolos pelos milagres:
“Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Coríntios 12.12).
Há tipos diferentes de milagres. Jesus demonstrou controle milagroso sobre os elementos físicos:
“E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança”(Marcos 4.39).
A cura física e a expulsão de demônios são milagres:
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam” (Atos 19.11-12).
Os milagres pelas mãos de Paulo foram chamados de “extraordinários”. O fato que eles são chamados de extraordinários é para distingui-los do “ordinário” mostra como os milagres eram comuns na igreja primitiva.
A igreja primitiva nasceu em meio a uma demonstração de grande poder. Tão comum era a manifestação poderosa de sinais e maravilhas que esta distinção foi aparentemente necessária.
Sem dúvida, os sinais e maravilhas necessariamente não significam que um homem ou ministério é de Deus. Satanás engana através dos milagres:
“Porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16.14).
“Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.9-11).
Estes versículos indicam que as pessoas são enganadas através dos milagres de Satanás porque elas não se conectam com a verdade da Palavra de Deus.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
1. Os milagres do Antigo Testamento:
n Leia os livros de Êxodo até Deuteronômio. Veja se você pode identificar os 26 milagres que ocorreram durante o tempo de Moisés.
n Leia os livros de 1 e 2 Reis. Liste os 21 milagres que ocorreram durante o tempo de Elias e Eliseu.
2. Os milagres do Novo Testamento:
n Estude Mateus, Marcos, Lucas e João. Liste os milagres realizados por Jesus Cristo.
n Estude o livro de Atos. Liste os milagres que Deus realizou através dos apóstolos e outros que ministravam na igreja primitiva.
n Leia Atos 9.36-41. Quais milagres se registram aqui? Quais são os resultados deste milagre (Atos 9.42)?
n Segundo Romanos 15.18-19, o que era evidente no ministério de Paulo que levou os gentios a se tornarem obedientes a Deus?
n Leia 2 Coríntios 12.12. Com que outro dom espiritual o dom de milagres se associa?
n Quais são as duas manifestações de milagres em Atos 19.11-12?
CURAS
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso. Porque a um é dada, mediante o Espírito... e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1 Coríntios 12.7-9).
Um crente com dons de curar tem a habilidade de permitir o poder de Deus fluir através dele para restaurar a saúde sem o uso de métodos naturais. Cura significa fazer o bem.
Este tipo de cura é chamado de “cura divina” porque é feito pelo poder divino de Deus em lugar de ser através dos meios naturais.
As curas registradas na Bíblia foram todas recuperações imediatas e completas das funções corporais normais. A cura física é um dos sinais espirituais que devem acompanhar o ministério dos crentes:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Marcos 16.17-18).
Os presbíteros da igreja também são usados para trazer cura física:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”(Tiago 5.14-15).
Todos os crentes podem orar pelo enfermo. Os presbíteros da igreja também podem orar pelos enfermos. Porém, um crente que tem dons de curar é usado especificamente e de forma consistente por Deus nesta área de ministério.
O nome deste dom é plural. Ele é “dons de curar”. Isso é porque á vários dons de cura, diferentes maneiras pelas quais a cura e vários métodos de usar a capacidade de curar. Deus usa alguns crentes na cura de enfermidades específicas. Por exemplo, a Bíblia registra que Paulo foi usado em milagres especiais de cura (Atos 19.11-12). Alguns crentes podem ter uma unção especial para orar pelos cegos e surdos. Outros são usados no ministério de cura mais geral para orar por todos os tipos de enfermidades.
Além de curar a aflição física, curas podem incluir também a expulsão dos espíritos imundos [os demônios]:
“Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados” (Atos 5.16).
A fé em Deus é uma chave à recepção da cura. A cura divina pode vir pela fé de alguém que ministra com este dom. Jesus levantou uma jovem dos mortos e a curou:
“Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou” (Mateus 9.25).
Visto que a jovem estava morta, ela não poderia ter a fé para curar. A cura veio pelo ministério e fé de Jesus.
A cura também pode vir devido à fé da pessoa que está enferma:
“E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã” (Mateus 9.22).
Também a cura vem pela fé combinada do que está enfermo com a do que está ministrando:
“Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé” (Mateus 9.28-29).
Jesus tinha a habilidade de realizar esta cura. Ele sabia que Ele podia curar. Isto foi combinado com a fé dos homens cegos para trazer a cura.
O plural, “dons”, também é usado porque a cura vem através de vários métodos bíblicos.
Por exemplo, a cura pode vir pela palavra falada:
“Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que lhes era mortal” (Salmos 107.20).
A cura vem pela imposição de mãos:
“Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um” (Lucas 4.40).
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18).
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários” (Atos 19.11).
A cura vem por ungir no nome do Senhor:
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Mateus 5.14-15).
A cura vem inclusive pela sombra de alguém com este dom:
“A ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados” (Atos 5.15-16).
Nós devemos ter a cura divina porque Jesus sofreu e levou sobre Si nossas enfermidades:
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).
Jesus não somente sofreu no Calvário para livrar-nos do pecado, porém também para livrar-nos da enfermidade. Ele foi golpeado e recebeu açoites em suas costas para trazer cura às enfermidades. Ele sofreu para que nós sejamos salvos e curados.
Quando ministrando com os dons de cura é importante entender que nem todos a quem nós ministramos podem ser curados. Paulo falou de obreiros companheiros que estavam enfermos e parece que não haviam recebido cura através de seu ministério:
“Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2 Coríntios 4.20).
Paulo tinha os dons de cura e de milagres, mas ainda assim, por alguma razão, Trófimo não foi curado através de seu ministério. Paulo também escreveu a Timóteo com respeito a uma enfermidade crônica:
“Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1 Timóteo 5.23).
Paulo não deixou de usar seu dom de curar simplesmente porque nem todos pelos quais ele orou foram curados. Isto seria o mesmo que um evangelista deixar de ministrar porque nem todos aos quais ele pregou respondeu ao evangelho. Nem todos a quem Paulo pregou responderam positivamente à mensagem do evangelho. Todos pelos quais ele orou não foram curados. Porém, ele continuou fazendo o que Deus o havia chamado a fazer. Ele pregou o evangelho e orou pelo enfermo e deixou os resultados nas mãos de Deus.
Há razões pelas quais a cura não vem a todos pelos quais nós oramos. Estas são discutidas em um curso do Instituto Tempo de Colheita intitulado “Evangelismo Como Fermento” que trata da cura em detalhe e de seu propósito em estender o evangelho.
PARA ESTUDO ADICIONAL:
n Para um estudo detalhado da cura, obtenha o curso do Instituto Internacional Tempo de Colheita intitulado “Batalha Pelo Corpo”.
n Leia Mateus, Marcos, Lucas e João para estudar o ministério de cura de Jesus. Faça uma lista de todas as curas que ele realizou. Para cada cura, registre os métodos diferentes usados.
n Leia o livro de Atos para estudar os dons de cura em ação na igreja primitiva. Note os tipos de enfermidades curadas e os métodos usados.
Observe no livro de Atos as pessoas diferentes que Deus usou nos dons de curar:
n Atos 3.1-11: Pedro e João [os apóstolos].
n Atos 5.15; 9.32-34: Pedro [o apóstolo].
n Atos 8.5-7: Felipe [evangelista e diácono].
n Atos 9.17-18: Ananias [um crente desconhecido].
n Atos 14.8-10; 28.7-9: Paulo [o apóstolo].
n Estude os versículos que seguem. Faça uma lista de algumas das razões porque Deus realiza curas: João 9:1-3; Atos 3:1-10; 4:4; Filipenses 2:25-27.
LÍNGUAS